Os ministros das Relações Exteriores dos três países se reuniram na quarta-feira (7) e dialogaram sobre a situação atual na Venezuela.
Na nota publicada pelo Itamaraty nesta quinta-feira (8) sobre o encontro, os três países consideraram fundamental a apresentação pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela dos resultados das eleições presidenciais de 28 de julho "desagregados por mesa de votação".
Os países também reafirmaram o compromisso entre ambas as partes envolvidas no processo eleitoral, "para que exerçam a máxima cautela e moderação em manifestações e eventos públicos", além de pedirem que as forças de segurança do país garantam o pleno exercício desse direito democrático dentro dos limites da lei, respeitando os direitos humanos.
Ainda, os governos ressaltaram o compromisso de manter "conversas de alto nível" para o surgimento de soluções na Venezuela. Eles também se colocaram à disposição em apoiar diálogos que contribuam para a estabilidade política no país.
O CNE divulgou na sexta-feira (2) um segundo boletim com 96,87% das atas apuradas, no qual confirmou a vitória de Maduro com 51,95% dos votos, em comparação com Edmundo González, que teria obtido 43,18%.
De acordo com o órgão, as eleições tiveram participação de 12.386.669 eleitores, o equivalente a 59,97% do eleitorado.
Já a Plataforma Unitária Democrática (PUD, centro), sob a qual González se apresentou, rejeitou os resultados e anunciou o ex-diplomata como "presidente eleito".