Ciência e sociedade

Hidrogênio mais barato: cientistas russos inventam catalisador do futuro

Um grupo de cientistas da Universidade Politécnica de Tomsk, junto com colegas da China, inventou um catalisador estável e eficiente para a produção de hidrogênio.
Sputnik
Segundo os cientistas, a novidade é sete vezes mais resistente e estável do que seus análogos mais caros, o que poderia ajudar a aumentar a produção de hidrogênio a partir da água, não apenas para a indústria química, mas também para a fabricação de combustíveis.
Ultimamente, o hidrogênio tem sido cada vez mais apontado como uma fonte de energia, pois tem várias vantagens sobre os combustíveis fósseis. Os átomos de hidrogênio são os mais abundantes no Universo e sua produção pode ser considerada uma fonte de energia renovável.
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Além disso, o subproduto da combustão desse gás é uma substância ecologicamente limpa – a água, explicaram à Sputnik especialistas da Universidade Politécnica de Tomsk.
No entanto, obter essa substância simples na indústria é um processo caro e bastante perigoso, disseram os especialistas.
A geração de hidrogênio a um custo mínimo em escala industrial é feita por meio da eletrólise, a divisão das moléculas de água quando uma corrente elétrica passa por ela.
Entretanto, esse processo requer um catalisador, uma substância que reduz os custos de energia. Os catalisadores mais eficazes na eletrólise da água são os caros metais do grupo da platina.
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Como alternativa aos preciosos catalisadores existentes, os cientistas da Universidade Politécnica de Tomsk e da Universidade de Jilin, China, desenvolveram um catalisador de eletrólise de água fácil de obter, baseado em carboneto de molibdênio, que, segundo eles, é sete vezes mais resistente do que os análogos existentes.

"Desenvolvemos uma estrutura que é um óxido de molibdênio na superfície do carbeto de molibdênio, integrado a uma matriz de grafite com a adição de átomos de nitrogênio. A síntese do novo catalisador é simples e eficiente em termos de energia em comparação com seus análogos diretos, e permanece estável por 15 dias, enquanto outros catalisadores falham após 50 horas de operação", explicou uma das autoras da publicação, Yulia Vasilieva.

O resultado é apresentado na revista iScience. No futuro, os especialistas planejam aprimorar as características do novo catalisador e continuar a busca por composições mais eficientes.
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