Panorama internacional

Seriam os EUA capazes de atender à demanda por drones em uma guerra? Mídia americana responde

A produção de drones de combate permanece em "um nível relativamente baixo" nos Estados Unidos, com menos de cinco mil sendo fabricados por mês, diz o Defense One, mídia baseada em Washington.
Sputnik
Se o Exército dos EUA se encontrasse, de fato, em guerra, os fabricantes norte-americanos teriam dificuldades para produzir o grande número de pequenos drones de alta qualidade que o serviço provavelmente precisaria, a menos que o Pentágono aumentasse seu apoio aos produtores de drones, e logo, escreve Sam Skove no Defense One.

"Nos últimos dez anos, vi dezenas de empresas de drones dos EUA e aliadas falirem em um mercado distorcido por subsídios estrangeiros", disse o CEO da empresa Skydio, Adam Bry, em depoimento ao Congresso.

Atualmente, o Exército tem apenas um programa de quadricóptero registrado — isto é, um programa com uma linha de financiamento dedicada no orçamento — chamado Short Range Reconnaissance, ou SRR, diz o colunista.
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Em termos de preço, os drones americanos aprovados para uso militar custam de três a cinco vezes mais que os drones chineses com especificações semelhantes.
Com o preço dos drones fabricados nos EUA chegando a US$ 65 mil [R$ 364 mil] cada, "soldados expressaram 'dor de cabeça' por experimentar drones caros, dado o risco de quebrá-los ou perdê-los", escreve a mídia, acrescentando que "apesar dos preços mais altos, os drones estadunidenses geralmente não são tão bons quanto seus rivais chineses mais baratos".

"Produtos de fabricantes chineses como DJI e Autel ainda conseguem ter um desempenho melhor em quase todos os aspectos, o que os torna a escolha clara quando a relação preço-desempenho é um fator decisivo", disse um consultor ocidental de drones, citado pela mídia.

Teoricamente, diz a mídia, Washington poderia procurar drones do outro lado do Atlântico, mas as empresas europeias não estão muito melhores.
"A empresa média de drones na Europa tem cerca de 20 funcionários", disse Hendrik Bodecker, analista da indústria de drones na empresa analítica Drone Industry Insights.
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Os militares norte-americanos precisarão aumentar suas ordens se quiserem alcançar a China, disse David Benowitz, que lidera a pesquisa na empresa de mercado de drones DroneAnalyst.
Um pedido de 1.000 a 2.000 drones poderia "ajudar significativamente a justificar investimentos que poderiam aumentar a produção e potencialmente reduzir custos investindo em um nível de componente. No entanto, não seria suficiente para fechar significativamente a lacuna em capacidade ou preço em comparação com a China", afirmou Benowitz.
Bryan Clark, um membro sênior do think thank Hudson Institute, acrescentou que a segurança nacional é outra razão para investir na cadeia de suprimentos.
"Há componentes para esses drones que não estão prontamente disponíveis nos EUA. Haverá uma preocupação: estamos nos tornando dependentes de fontes não americanas?", indagou. "Até que os militares dos EUA adotem conceitos operacionais que exijam um grande número de drones, a produção permanecerá em um nível relativamente baixo", complementou Clark.
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