Vale ressaltar que o local é um dos primeiros exemplos conhecidos de construções megalíticas feitas pelo homem e construídas especificamente para necessidades rituais de seus construtores pré-históricos, escreve Arkeonews.
Especialistas sugerem que as marcas em uma coluna de pedra no sítio arqueológico de 12.000 anos provavelmente representam o calendário solar mais antigo da história, tendo sido estabelecidas como um memorial a um impacto de cometa.
De acordo com um estudo recente da Universidade de Edimburgo, as marcas no local podem ser o registro de um evento astronômico que marcou um ponto de viragem significativo na civilização humana.
Pilar 43 no recinto D apresenta vários símbolos na forma de V e representações de vários pássaros em Gobekli Tepe
© Foto / Alistair Coombs
Gobekli Tepe é conhecido pela existência de enormes pilares em forma de T adornados com entalhos de animais e símbolos abstratos. As recentes análises sugerem que alguns destes entalhos poderiam ter desempenhado funções de uma espécie de calendário que acompanhava eventos astronômicos importantes e marcava as posições do Sol, da Lua e das estrelas.
A descoberta sugere que os humanos pré-históricos utilizaram essas gravuras para documentar suas observações do Universo, possivelmente significando que se trata de um calendário lunissolar primitivo que combinava ciclos solares e lunares para prever a passagem do tempo.
Construções circulares monumentais com colunas monolíticas em forma de T em Gobekli Tepe, no sudeste da Turquia
© Foto / Nico Becker, Göbekli Tepe Archive, Instituto Arqueológico Alemão
Uma recente análise de símbolos em forma de V entalhados em pilares no local revelou que cada V poderia representar um dia. Esta interpretação permitiu aos pesquisadores contar um calendário solar de 365 dias em um dos pilares, consistindo de 12 meses lunares mais 11 dias extras.