Panorama internacional

Mídia: processo de desdolarização global acelera com BRICS, e 'agora é irreversível'

Apesar das recentes tentativas de Washington de impor novas sanções àqueles que se opõem ao sistema do dólar, o progresso do processo de desdolarização no mundo é, agora, "irreversível" com a decisão do grupo BRICS de dar um impulso central.
Sputnik
"A militarização do dólar pelos EUA está se revelando contraproducente à medida que o BRICS e o resto do mundo em desenvolvimento se afastam do comércio e das participações em dólares", afirma o artigo assinado pelo jornalista Jan Krikke, publicado no jornal Asia Times nesta sexta-feira (9).
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Segundo a análise, as sanções econômicas e financeiras impostas pelos Estados Unidos à Rússia, na sequência da operação militar especial na Ucrânia, revelaram-se contraproducentes, desencadeando "um movimento global de desdolarização".
Mas, apesar desses resultados, as autoridades e os políticos dos EUA insistem na questão das sanções. Por exemplo, o senador republicano Marco Rubio apresentou um projeto de lei no Congresso para punir os países que desdolarizam.
O projeto de lei procura proibir as instituições financeiras que facilitam a desdolarização de participarem no sistema global do dólar, observa Krikke.
O projeto de lei exigiria que os presidentes dos EUA sancionassem as instituições financeiras que utilizam o sistema de pagamentos CIPS da China, o serviço de mensagens financeiras SPFS da Rússia e outras alternativas ao sistema SWIFT centrado no dólar.
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Além disso, os conselheiros do candidato presidencial Donald Trump estão debatendo formas de punir as nações que se afastam ativamente do dólar e propuseram "sancionar tanto os aliados como os adversários com restrições às exportações, tarifas e taxas de manipulação cambial".
Para Krikke, essas medidas não funcionarão para parar o processo, que já é "irreversível".
Atualmente, o BRICS compreende à associação de países emergentes composta por Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul, Irã, Egito, Etiópia, Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos.
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