Panorama internacional

Iraque e Estados Unidos anunciarão retirada da coalizão militar internacional no país

O chanceler iraquiano, Fuad Hussein, e o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, devem fazer uma declaração conjunta sobre o fim da coalização militar internacional no Iraque, relata a agência iraniana Tasnim, citando fontes.
Sputnik
No início do ano, o primeiro-ministro iraquiano, Mohammed Shia al-Sudani, afirmou que o país estava buscando a retirada da coalizão militar internacional liderada pelos Estados Unidos de seu território.
"O Ministro das Relações Exteriores do Iraque e o secretário de Estado dos EUA realizarão uma entrevista coletiva durante a próxima visita do diplomata iraquiano aos EUA para ler uma declaração sobre o fim da missão da coalizão internacional liderada pelos EUA no Iraque", disse a agência iraniana em um comunicado.
Criada para combater a organização terrorista Daesh (também conhecido como Estado Islâmico, grupo extremista proibido na Rússia e em vários outros países), segundo al-Sudani, a coalizão se tornou redundante uma vez que as forças iraquianas podem se defender sozinhas contra o terrorismo.
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Em julho, a mídia ocidental relatou, citando fontes, que as autoridades iraquianas pretendiam buscar o início da retirada das tropas da coalizão em setembro deste ano e a conclusão final da missão no Iraque em setembro de 2025.
De acordo com fontes da agência, a retirada das tropas da coalizão do território iraquiano, com exceção do Curdistão iraquiano, começará em setembro de 2025, e sua retirada do Curdistão iraquiano está planejada para setembro de 2026.
Anteriormente, o departamento de Estado norte-americano, comentando as palavras do primeiro-ministro iraquiano de que Bagdá está buscando a retirada da coalizão militar internacional, disse à Sputnik que os EUA estão discutindo o destino de sua missão no país com o governo iraquiano.
A demanda das forças políticas iraquianas pela retirada de tropas estrangeiras do país tem se fortalecido à luz dos ataques de milícias xiitas a bases militares dos EUA em território iraquiano. Os ataques ocorrem regularmente no contexto da escalada da situação na região devido às ações de Israel na Palestina e aos ataques relacionados dos EUA a alvos no Iraque.
Em 2014, os Estados Unidos iniciaram a criação de uma coalizão antiterrorista internacional para combater a organização terrorista Daesh, e, em agosto daquele ano, lançaram a Operação Resolução Inerente contra jihadistas no Iraque e depois na Síria.
A chamada coalizão internacional incluiu mais de 60 países. As ações da coalizão são realizadas sem aprovação direta do Conselho de Segurança da ONU. No Iraque, a luta contra o terrorismo foi realizada em cooperação com o governo de Bagdá, mas na Síria a coalizão está agindo sem permissão das autoridades oficiais do país.
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