O embaixador Jeff Flake fez os comentários enquanto a região se prepara para possíveis ataques do Irã e seus aliados após o assassinato de altos membros do Hamas e do Hezbollah.
"Pedimos a todos os nossos aliados que têm alguma relação com o Irã que os convençam a diminuir a tensão, e isso inclui a Turquia", disse Flake em uma mesa redonda com jornalistas em Istambul, segundo a Reuters.
"Eles estão fazendo o que podem para garantir que a situação não piore", disse Flake sobre os interlocutores turcos em Washington, acrescentando que eles "parecem mais confiantes do que nós de que a situação não vai piorar".
Os laços entre EUA e Turquia ficaram tensos nos últimos anos devido à aliança norte-americana com os curdos sírios, que Ancara considera terroristas, e pela compra turca de defesas russas S-400, o que levou os EUA a imporem sanções e removê-los do programa de caças F-35.
No entanto, o embaixador disse acreditar que as relações entre EUA-Turquia estão agora "em um momento melhor do que há algum tempo".
Ao mesmo tempo, afirmou na segunda-feira (12) que a situação na Faixa de Gaza tinha sido "muito difícil", com a retórica do presidente Recep Tayyip Erdogan contra Israel "dificultando" que a Turquia desempenhe um papel como interlocutora.
Na noite de segunda-feira (12), os líderes do Reino Unido, França e Alemanha emitiram uma declaração conjunta pedindo ao Irã e seus aliados que "se abstenham de ataques que possam aumentar ainda mais as tensões regionais".
O Ministério das Relações Exteriores iraniano rejeitou o pedido de moderação de Londres, Paris e Berlim.
"Tais exigências são desprovidas de lógica política, em completa contradição com os princípios e regras do direito internacional e excessivas", disse o porta-voz Nasser Kaanani, citado pela BBC.
Em conversa com a Sputnik, o jornalista James Carey e apresentador do podcast Left is Dead (Esquerda está Morta) discutiu os recentes acontecimentos no Oriente Médio e afirmou que se pede contenção ao Irã, enquanto é evidente que Israel está cometendo crimes.
"Israel recebe carta branca para atacar [...] aliados norte-americanos como o Líbano. Esses são países que supostamente são aliados dos EUA, independentemente se o Hezbollah opera neles ou não, ou se o Irã está visando atacar ou não. Mas a agressão óbvia veio de Israel", declarou o jornalista.