Panorama internacional

Ex-analista do Pentágono: Ucrânia não poderia lançar ataque terrorista em Kursk sem apoio dos EUA

O Departamento de Estado dos Estados Unidos e o Pentágono alegam que o ataque ucraniano os pegou de surpresa. No entanto, Karen Kwiatkowski, ex-analista do Pentágono e tenente-coronel aposentada dos EUA, compartilha seu ceticismo sobre a narrativa de Washington com a Sputnik.
Sputnik
A Casa Branca e o Departamento de Estado negaram envolvimento no ataque terrorista da Ucrânia em Kursk, alegando que não sabiam dos planos.
No entanto, a imprensa corporativa norte-americana está enviando sinais confusos: enquanto a CNN cita diversas autoridades estadunidenses dizendo que a incursão na fronteira os pegou de surpresa, a Bloomberg relata que o governo do presidente Joe Biden e a União Europeia "deram sua bênção" a Kiev em sua incursão transfronteiriça.

"Todas as atividades militares ucranianas, especialmente as planejadas há muito tempo, usam vigilância, inteligência e assistência de reconhecimento norte-americanos. A invasão de Kursk se qualifica aqui. Os próprios sistemas de armas incluíam sistemas dos EUA e da OTAN [Organização do Tratado do Atlântico Norte], e alguns deles são operados por pessoal dos EUA e da OTAN", disse Kwiatkowski à Sputnik.

A Ucrânia realizou um ataque terrorista na região de Kursk com o apoio do Ocidente, declarou Aleksandr Bortnikov, diretor do Serviço Federal de Segurança (FSB, na sigla em russo) da Rússia e presidente do Comitê Nacional Antiterrorista (NAC, na sigla em inglês), na terça-feira (13).
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"Não acredito que autoridades do governo ocidental, como o secretário de Defesa [Lloyd] Austin, o secretário de Estado [Antony] Blinken ou os membros do Conselho de Segurança Nacional ficaram surpresos", acrescentou Kwiatkowski.
Ela também enfatizou "a sofisticação e o segredo" em torno do ataque. Alguém pode se perguntar se os mentores por trás da incursão foram o conselheiro de Segurança Nacional Jake Sullivan e Blinken ou se foi o "último suspiro" do colapso do gabinete de guerra ucraniano e dos "ultranacionalistas", de acordo com Kwiatkowski.

"Embora ousado, [o ataque] estava destinado a ser repelido e colocou em risco e tornou vulnerável o restante das Forças Armadas da Ucrânia e o restante da Ucrânia", enfatizou a especialista.

Karen Kwiatkowski acrescentou que a negação de Washington decorre da aparente confusão no governo Biden e da incerteza em torno do destino do regime de Kiev.
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