Como observa a publicação, embora haja um "reconhecimento" na União Europeia (UE) de que os europeus terão que fazer mais para armar a Ucrânia, não há nenhuma discussão séria sobre opções realistas de assistência.
"Não há 'nenhuma discussão substantiva sobre as opções', diz um alto funcionário europeu."
O jornal também observa que, com o atual nível de ajuda militar ocidental e mobilização na Ucrânia, Kiev não tem possibilidade de vencer a médio prazo. E a decisão de atacar a região russa de Kursk pode custar muito à Ucrânia e ter consequências graves.
"O uso de recursos escassos em Kursk tornará mais difícil para a Ucrânia manter posições estrategicamente importantes em Donetsk. Os avanços da Rússia continuaram se intensificando nos últimos dias. Kiev corre o risco de se comprometer demais, por motivos políticos, com sua nova ofensiva, assim como fez no ano passado com sua defesa condenada de Bakhmut [agora se chama Artyomovsk]", indica.
Além disso, as autoridades ucranianas estão preocupadas com os resultados das eleições dos EUA e o fato de que Donald Trump poder vencê-las e forçar a Ucrânia a acabar com o conflito nas condições que não lhe agradam.
"Kiev sabe que sofrerá uma pressão cada vez maior para negociar o fim da guerra, especialmente, mas não apenas, se Donald Trump retornar à Casa Branca após a eleição presidencial de novembro", diz o artigo.
A eleição presidencial dos EUA será realizada em 5 de novembro.
O Ocidente teme que, se for reeleito, o candidato republicano Donald Trump possa cortar a ajuda a Kiev e pressionar o líder ucraniano Vladimir Zelensky a aceitar um acordo de paz com a Rússia.
O próprio Trump disse anteriormente que, se vencer, pretende chegar a um acordo sobre o conflito ucraniano em apenas 24 horas.