Na semana passada, tropas ucranianas lançaram um ataque à região de Kursk, na Rússia, e supostamente tomaram vários assentamentos. A ação marcou a agressão mais significativa da Ucrânia contra a Rússia desde fevereiro de 2022.
"Tudo o que posso dizer é que vimos algumas unidades sendo reaplicadas e enviadas para aquela área, mas não está claro agora quantas vão eventualmente e qual será sua missão militar", disse o assessor de comunicações de Segurança Nacional da Casa Branca, John Kirby, em entrevista coletiva.
Também nesta quinta-feira (15), o Departamento de Defesa dos EUA declarou que não tem conhecimento da decisão do presidente Joe Biden de fornecer mísseis de cruzeiro de longo alcance à Ucrânia, afirmou um porta-voz do Pentágono à Sputnik.
"Não sei sobre essa decisão", disse ele à agência quando questionado se havia planos para fornecer a Kiev os referidos mísseis.
O Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca não respondeu ao pedido da agência para comentar se Washington planeja transferir esse tipo de armamento.
Ainda hoje (15), a porta-voz adjunta do Pentágono, Sabrina Singh, disse em coletiva de imprensa que os Estados Unidos continuarão a adaptar os tipos de armas fornecidos à Ucrânia às necessidades de Kiev.
"Mudamos os tipos de armas e sistemas que fornecemos ao longo do tempo […], modificamos e fornecemos diferentes armas e reservamo-nos o direito de continuar a fazê-lo", disse ela aos jornalistas.
A Rússia acredita que o fornecimento de armas à Ucrânia interfere na resolução e envolve diretamente os países da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) no conflito.
O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, observou que qualquer carga que contenha armas para Kiev se tornará um alvo legítimo para a Rússia. Segundo ele, os Estados Unidos e a OTAN estão diretamente envolvidos na situação, inclusive não só pelo fornecimento de armas, mas também pela formação de pessoal no Reino Unido, na Alemanha, na Itália, entre outros países.