"Em todo caso, eu rejeito plena e absolutamente que o governo dos Estados Unidos tente se tornar a autoridade eleitoral da Venezuela ou de qualquer lugar do mundo", afirmou Maduro em declarações à imprensa, transmitidas pelo canal estatal Venezolana de Televisión.
Maduro fez a declaração após ser questionado sobre as posições da Colômbia, Brasil e Estados Unidos em relação aos resultados das eleições presidenciais de 28 de julho, quando foi reeleito para um terceiro mandato com 51,2% dos votos, segundo o Conselho Nacional Eleitoral (CNE).
'Sabe que está devendo', diz Lula
Também nesta quinta, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a comentar as eleições na Venezuela e disse que seu homólogo, Nicolás Maduro, "sabe que está devendo uma explicação ao mundo".
Lula ainda afirmou que, se Maduro tiver "bom senso", poderia convocar novas eleições. O Brasil, assim como a Colômbia, ainda não reconheceu as eleições venezuelanas e exigiu as atas eleitorais do Conselho Nacional Eleitoral (CNE).
"Ainda não [reconheço que ganhou a eleição]. Ele sabe que está devendo uma explicação para o mundo. Ele sabe disso", afirmou o presidente brasileiro durante uma entrevista à Rádio T, citada pelo jornal O Globo, nesta quinta-feira (15).
Lula também disse que "as novas eleições" aconteceriam com a participação de "olheiros do mundo inteiro". O líder afirmou ainda que não pode tomar uma decisão "precipitada" sobre o assunto.