O chefe de Relações Exteriores do grupo e ex-ministro da Saúde do Hamas, Basem Naim, que foi ouvido pela Newsweek, argumentou que as táticas de Washington estavam enraizadas em dois objetivos separados, mas simultâneos.
"O primeiro é esfriar a frente regional. O segundo é que eles precisam de um acordo de cessar-fogo por razões internas relacionadas às eleições", afirmou o alto funcionário à revista.
Naim também repetiu as palavras do colega porta-voz Sami Abu Zuhri, que disse à Reuters na sexta-feira (16) que "o governo americano está tentando espalhar uma atmosfera falsamente positiva e não leva a sério a ideia de interromper a guerra".
Os comentários foram feitos no momento em que o presidente Joe Biden pressiona por um avanço nas negociações de cessar-fogo entre Israel e o Hamas.
Junto a uma onda de aeronaves de combate e navios de guerra, Biden enviou três de seus principais conselheiros do Oriente Médio, incluindo o diretor da Agência Central de Inteligência (CIA, na sigla em inglês), William Joseph Burns, para a região esta semana, a fim de tentar atrasar a retaliação militar do Irã e do Hezbollah contra Israel e avançar no acordo.
Falando a repórteres na sexta-feira (16), um alto funcionário do governo norte-americano alertou sobre "sérias consequências" para o Irã caso ele realize tal ataque, mas, sobre a última rodada de negociações de Gaza, o funcionário disse que o objetivo era chegar a um acordo "na próxima semana".