Irina mora em Cherkasskoe Porechnoe, no distrito de Sudzha, região de Kursk. Junto com sua mãe, ela se escondeu por uma semana no porão de uma casa em seu vilarejo, se protegendo do bombardeio do Exército ucraniano. As duas foram dadas como desaparecidas durante todo esse tempo.
"Um dia, quando estávamos no porão, decidi sair para me aquecer na horta. Olhei com atenção e vi um homem de capacete. Depois veio o segundo. Eles tinham muitas armas penduradas no peito. Estavam dizendo algo em voz baixa, não em russo, mas provavelmente em polonês. Porque, mais tarde, fiquei sabendo que não havia apenas ucranianos lá, mas também franceses e poloneses", disse.
Irina observou que os militares estavam "armados até os dentes". Segundo ela, conseguiu passar despercebida pelos mercenários, tendo se escondido atrás das árvores.
"Eu me afastei rapidamente. É provável que eles não tenham me visto, pois, se tivessem, teriam me seguido", disse ela.
No dia 6 de agosto, as tropas ucranianas lançaram um ataque à região de Kursk, na Rússia, tomando uma série de assentamentos. A ação marcou a agressão mais significativa da Ucrânia contra a Rússia desde fevereiro de 2022.
Comentando o ataque, o presidente russo Vladimir Putin disse que a Ucrânia havia realizado outra provocação em larga escala, atirando indiscriminadamente em alvos civis. O inimigo terá uma resposta adequada nas regiões fronteiriças da Rússia, acrescentou Putin.