O artigo nota que, embora alguns soldados ucranianos estejam satisfeitos com o ataque à região de Kursk, também há quem duvide de sua conveniência.
Assim, um deles admitiu que essa operação dispersa as tropas ucranianas, tão necessárias em outro setor da linha de frente, e considerou que o Exército ucraniano deve proteger o que tem.
"Quase duas semanas após sua incursão surpresa na Rússia, a Ucrânia se vê lutando para encontrar um equilíbrio entre tomar território do outro lado da fronteira em Kursk e perdê-lo no coração da frente oriental, no centro da [região de] Donetsk", indica o artigo.
Segundo a pesquisadora sênior do Centro da Análise da Política Europeia, Anna Shelest, entrevistada pelo The Guardian, a Rússia não moveu forças suficientes do flanco oriental como a Ucrânia esperava.
No dia 6 de agosto, as tropas ucranianas lançaram um ataque à região de Kursk, na Rússia, tomando uma série de assentamentos. A ação marcou a agressão mais significativa da Ucrânia contra a Rússia desde fevereiro de 2022.
Comentando o ataque, o presidente russo Vladimir Putin disse que a Ucrânia havia realizado outra provocação em larga escala, atirando indiscriminadamente em alvos civis. O inimigo receberá uma resposta adequada nas regiões fronteiriças da Rússia, acrescentou Putin.