Panorama internacional

Ministro libanês: ONU ajuda ucranianos na Europa em detrimento dos refugiados sírios

As organizações internacionais, incluindo o Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR), cortaram a ajuda aos refugiados sírios no Oriente Médio devido ao grande fluxo de cidadãos ucranianos nos países europeus, disse o ministro interino de Assuntos de Migrantes do Líbano, Issam Sharafeddine, à Sputnik.
Sputnik
"A exaustão das capacidades do Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados, devido a seus pesados compromissos com a situação na Ucrânia e o grande número de refugiados ucranianos na Europa, é o motivo da negligência com os refugiados sírios", disse Sharafeddine.
O ministro libanês alertou que a decisão da ONU de cortar a ajuda aos refugiados da Síria é equivalente a uma "sentença de morte" para eles.
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Segundo ele, isso ocorre por os membros da ONU terem votado a favor de manter os refugiados no Líbano e fazerem todo o possível para evitar que continuem migrando para a Europa por mar, ao mesmo tempo os privando de ajuda.

"O ACNUR notificou que a ajuda vai ser severamente reduzida e poderá ser suspensa a partir de maio do próximo ano", acrescentou.

De acordo com Sharafeddine, um grande número de refugiados sírios deseja retornar à sua terra natal, mas a política de intimidação de vários países ocidentais por meio dos mecanismos do ACNUR está impedindo isso.
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As autoridades sírias estão em total coordenação com as autoridades libanesas e estão respondendo favoravelmente a todas as solicitações necessárias e mantêm um processo faseado de retorno de seus cidadãos à terra natal, levando em conta a realidade do estado da economia síria.
Desde o início da crise na Síria, em 2011, as autoridades libanesas declararam repetidamente sobre uma séria ameaça à economia e à segurança do país devido à presença de mais de dois milhões de refugiados da Síria.
O governo libanês observou que, com uma população de 4,5 milhões de pessoas, a economia libanesa, que está em profunda crise desde 2019, não consegue fornecer segurança alimentar, serviços de saúde e educação para as crianças refugiadas por conta própria, o que, por sua vez, levou a um forte aumento da criminalidade no país e a altas taxas de mortalidade entre as crianças nos campos de refugiados.
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