De acordo com a ICE Futures, o custo dos contratos futuros de setembro do café robusta atingiu US$ 4.737 (R$ 25.918,5) por tonelada nas negociações de segunda-feira (19), 55% mais alto que no final do ano passado e 11% mais alto que no final do mês passado.
O arábica também está subindo, embora de forma mais moderada: hoje o preço máximo foi de US$ 2,496 (R$ 13,66) por libra de peso, ou US$ 5.502,7 (R$ 30.108,02) por tonelada, um terço mais do que no final de dezembro e 8,9% mais do que no final de julho.
"Os preços do café subiram depois que as geadas no Brasil aumentaram as preocupações com a estabilidade da oferta. Os produtores estão se preparando para outra onda de frio nos próximos dias. Isso aumenta o risco para a safra desta e da próxima temporadas. [...] A combinação de geadas, períodos de chuvas intensas e períodos de seca cria condições extremamente desfavoráveis para a produção de café", disse Mironyuk.
Ele lembrou que o Brasil é o maior produtor mundial de arábica e que essa variedade responde por 75% da produção global de café, enquanto o robusta responde por apenas 25%.
"A demanda por café é considerada inelástica devido à sua popularidade. No entanto, a variedade robusta está se tornando um bem substituto da variedade arábica, o que faz com que os preços subam", acrescentou o especialista.
De acordo com Mironyuk, é impossível compensar rapidamente o déficit emergente no mercado de café: os cafeeiros precisam de cerca de dois anos antes do aparecimento dos primeiros grãos e de cerca de cinco anos antes do aparecimento dos grãos adequados para a colheita.