Conforme o dirigente, "afirmar que é muito pouco provável que o Ocidente use uma bomba nuclear" em um eventual conflito ignora o fato de que os Estados Unidos são o único país no planeta que utilizou esse tipo de armamento em tempos de guerra.
Em relação à "disparidade moral", o meio asiático lembrou que, entre as cinco potências nucleares oficiais — EUA, China, Rússia, França e Reino Unido —, Pequim é a única que adota a política de não ser a primeira a usar armas nucleares.
"Os Estados Unidos, por outro lado, têm se mostrado bastante relutantes até mesmo em considerar a iniciativa", afirma o texto.
Nesse sentido, o diário afirma que a pretensão de "moralidade" de Washington é "simplesmente uma cortina de fumaça" para esconder que a força que impulsiona a retórica belicista norte-americana é o complexo militar-industrial.
Por essa razão, é dito que os Estados Unidos pressionam para que o conflito aumente seus lucros por meio da venda de armas e do crescimento das indústrias militares relacionadas. "A guerra é o seu negócio", aponta o texto. "Não se importam absolutamente com os resultados dos conflitos, contanto que possam vender armas. Por isso perpetuam um fluxo constante de teorias que alimentam sua ganância", continua.
No entanto, o meio questiona, enquanto o complexo militar-industrial continua alimentando o conflito, surge a dúvida: quem pagará a conta de três guerras? Por isso, recomenda aos que promovem guerras em múltiplas frentes que estudem a história militar do mundo para entender como esses conflitos terminam.
"Ao longo da história, as forças que participaram de guerras em múltiplas frentes frequentemente terminaram derrotadas. Se os Estados Unidos se envolvessem em três guerras simultâneas, é provável que o complexo militar-industrial prosperasse, enquanto o país como um todo suportaria a pior parte do sofrimento", conclui.