Panorama internacional

Desesperado com fluxo recorde de debandada de ucranianos, Zelensky quer criar novo ministério

Vladimir Zelensky reconheceu uma saída recorde de pessoas da Ucrânia e também anunciou a criação de um novo ministério para trabalhar com os cidadãos que deixaram o país.
Sputnik
O presidente do Comitê de Desenvolvimento Econômico da Suprema Rada (parlamento ucraniano), Dmitry Natalukha, disse em 4 de julho que cerca de duzentos homens em idade de alistamento militar tentam deixar a Ucrânia todos os dias.

"Nunca tivemos uma parte tão grande do nosso povo no exterior. Estamos falando de milhões de ucranianos", disse Zelensky, falando a funcionários do Ministério das Relações Exteriores da Ucrânia.

Ele alegou que os cidadãos que deixaram o país foram privados de laços culturais com seu país. Para neutralizar a influência da Rússia sobre os cidadãos ucranianos que deixaram o país, um novo ministério será criado para assumir algumas das funções do Ministério das Relações Exteriores, acrescentou Zelensky.
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"Milhões de nosso povo estão em outros países. Suas conexões e relações com a Ucrânia, a proteção de nossos interesses como nação — tudo isso será responsabilidade da nova instituição", disse Zelensky.

Anteriormente, a diretora do Instituto Ucraniano de Demografia e Pesquisa Social, Ella Libanova, disse que a população do país até 2033 poderia ser no máximo de 35 milhões de pessoas. A Ucrânia não poderá recuperar mais do que metade dos cidadãos que deixaram o país, acrescentou.
A lei marcial foi introduzida na Ucrânia em 24 de fevereiro de 2022 e, no dia seguinte, Zelensky assinou um decreto sobre mobilização geral. Os homens de 18 a 60 anos estão proibidos de deixar a Ucrânia durante a vigência da lei marcial. A evasão do serviço militar durante a mobilização no país é punível com prisão de até cinco anos.
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