Panorama internacional

Especialista: buscas de cidadãos dos EUA por causa da mídia russa são repressão contra senso comum

As repressões demonstrativas nos Estados Unidos contra cidadãos que cooperam com a mídia russa têm como objetivo combater o senso comum, e esses casos só vão acontecer com mais frequência, acredita Aleksei Martynov, cientista político e professor associado da Universidade Financeira do Governo da Rússia.
Sputnik
Anteriormente, o Departamento Federal de Investigação (FBI, na sigla em inglês) fez buscas nas casas de dois cidadãos norte-americanos conhecidos por suas declarações e materiais na mídia russa: o ex-agente de inteligência dos EUA Scott Ritter e o analista político e apresentador do canal de televisão russo Pervy Dimitri Simes.
"É ingênuo acreditar que os EUA são um país livre, onde as liberdades de opinião, expressão e assim por diante são declaradas. [...] A repressão a Simes ou Ritter enfatiza mais uma vez que essas são apenas belas palavras escritas na Declaração de Independência dos EUA ou na Constituição norte-americana. Mas nada mais", comentou Martynov.
Segundo ele, tudo o que vai contra a linha geral de Washington é "sufocado", mesmo que sejam cidadãos estadunidenses.
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"Além disso, eles [os EUA] fazem isso de forma demonstrativa, exemplar, para que as pessoas normais, que são a maioria, inclusive nos Estados Unidos, não transmitam seus pensamentos ou o senso comum no qual toda a narrativa russa se baseia", acrescentou.

O especialista prevê que o número de "dissidentes norte-americanos", ou seja, indivíduos que sofreram repressão por transmitirem uma retórica indesejável para Washington, só vai aumentar.
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De acordo com ele, as repressões vão ocorrer com mais frequência não porque esses indivíduos cooperam com a mídia russa ou com a Rússia em geral, mas porque sua posição é a voz do senso comum, que coincide com o que a Rússia transmite ao mundo hoje, o que não coincide com os valores dos EUA no momento.
Anteriormente, o The New York Times informou, citando fontes, que as autoridades norte-americanas haviam iniciado uma investigação em larga escala contra seus próprios cidadãos que supostamente cooperavam com a mídia russa, e estavam preparando novas buscas e acusações criminais.
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