Dezenas de traficantes de armas sediados na capital iemenita, Sanaa, usam o X como "vitrine", publicando fotos de fuzis de assalto à venda, segundo a reportagem.
O jornal informou que algumas contas têm uma marca de verificação azul, o que expande a funcionalidade da rede social.
Ao mesmo tempo, os traficantes de armas também deixam seus contatos nos mensageiros Telegram e WhatsApp (este último proibido na Rússia por extremismo), bem como na plataforma de monetização de conteúdo Patreon, acrescentou a reportagem. O pagamento por armas é supostamente feito em criptomoeda.
Pelo menos 68 contas desse tipo foram identificadas no X, segundo o relatório, acrescentando que os traficantes de armas usam abertamente o logotipo houthi e a propaganda do movimento na plataforma.
EUA e Israel no Oriente Médio
Guerra que já provocou a morte de quase 40 mil palestinos, segundo autoridades locais, e trouxe uma das piores catástrofes humanitárias da história para o Oriente Médio, provocando também impactos políticos nos projetos dos Estados Unidos e de Israel de formar uma aliança militar com países árabes da região. E qual o papel do Eixo da Resistência nesse processo?
O Eixo da Resistência, nome que até o ataque histórico do Hamas contra Israel no dia 7 de outubro do ano passado estava esquecido da geopolítica mundial, voltou a ganhar relevância na mídia para além do Oriente Médio.
Considerados herdeiros dos movimentos nacionalistas da região que marcaram o fim da dominação do Império Otomano no início do século XX, o eixo é um coletivo de atores políticos de orientação islâmica que atuam no continente, desde o Hamas na Faixa de Gaza, ao Hezbollah no Líbano, e aos houthis no Iêmen.
A definição como resistência vem justamente da luta contra a hegemonia norte-americana e israelense no Oriente Médio, de tendência anti-imperialista e anticolonialista. Para além dos braços políticos, também foram formandas alas militares e, ao longo do tempo, ganharam denominações no mundo ocidental como movimentos terroristas.