"O ataque do Hezbollah foi ponderado militarmente e feito em coordenação com a inteligência. Assim, o movimento não deu ao lado israelense um pretexto para lançar uma guerra em grande escala", disse Ezzeddine.
"O ataque a uma instalação militar a 110 km de Tel Aviv comprovou o potencial militar suficientemente forte do Hezbollah, enquanto a declaração do líder do movimento sobre a existência de mísseis balísticos e de alta precisão, que poderiam ser usados no futuro, se tornou um argumento para dissuadir [Israel] da ideia de iniciar uma guerra em grande escala", explicou.
"Está claro que a região está à beira de mudanças radicais, e não apenas no Oriente Médio. Dada a continuação do esgotamento dos recursos militares e humanos de Israel pelas ações da Resistência [Islâmica] desde o início da Operação Dilúvio de Al-Aqsa [o ataque do Hamas a Israel em 7 de outubro de 2023], [Israel] acabará por ser forçado a pôr fim na guerra na Faixa de Gaza no contexto dos acontecimentos no mundo em geral", acrescentou o analista.