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Nível do mar pode subir até 21 centímetros em 2 cidades brasileiras até 2050, aponta ONU

Relatório divulgado pela Organização das Nações Unidas (ONU) alertou para a subida do nível do mar e o aquecimento das águas como ameaça à existência das ilhas do Pacífico.
Sputnik
Segundo o relatório apresentado pelo secretário-geral da ONU, António Guterres, em algumas localidades do Pacífico houve aumento de 15 centímetros nos últimos 30 anos.
"As mudanças aqui na região do Pacífico são visíveis desde minha última visita", disse Guterres, ressaltando que o mar sofre com o calor e o oceano "absorveu mais de 90% do aquecimento global nos últimos 50 anos".
Todas as mudanças no oceano, conforme o secretário-geral da ONU, colocam as ilhas do Pacífico em grande perigo.

"Sem cortes drásticos nas emissões, as ilhas do Pacífico podem esperar pelo menos 15 centímetros adicionais de aumento do nível do mar até a metade do século e mais de 30 dias por ano de inundações costeiras em alguns lugares."

O Brasil, apesar de não ser citado diretamente na apresentação de Guterres, apareceu representado por duas cidades em documento divulgado na segunda-feira (26) pela ONU, também sobre estimativas e análises relacionadas ao aumento do nível do mar.
O "Surging Seas in a warming world: The latest science on present-day impacts and future projections of sea-level rise" (Mares em elevação em um mundo em aquecimento: a ciência mais recente sobre os impactos atuais e as projeções futuras da elevação do nível do mar, em tradução livre), apontou, segundo informações do G1, duas cidades cariocas: o distrito de Atafona, em São João da Barra, e a cidade do Rio de Janeiro. Ambas as localidades podem conviver com aumento do nível do mar entre 12 e 21 centímetros até 2050.
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A estimativa foi realizada levando em conta um cenário de aquecimento global de 3 ºC até o final do século.
Guterres alertou, nesta terça-feira (27), que os líderes globais precisam se mobilizar para reduzir drasticamente as emissões globais.

"Somente limitando o aquecimento a 1,5 ºC teremos uma chance de evitar o colapso irreversível das camadas de gelo da Groenlândia e da Antártica Ocidental - e as catástrofes que as acompanham", orientou.

A mudança significa, portanto, reduzir as emissões globais em 43%, em comparação com os níveis de 2019, até 2030, e em 60% até 2035.
O secretário-geral disse, ainda, que o mundo deve "aumentar maciçamente o financiamento e o apoio aos países vulneráveis".
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