Segundo relatado, o grupo de cientistas, tendo estudado cenários possíveis do apocalipse por meio da colisão de um grande corpo espacial com o planeta Terra, chegaram à conclusão de que em algumas situações a nossa casa pode ser salva somente usando armas nucleares.
Apesar de saberem que o uso e estacionamento das armas nucleares no espaço é proibido pelas leis internacionais, os cientistas insistem que outras tecnologias para combater corpos espaciais ainda estão longe de serem desenvolvidas.
O artigo cita como exemplo o impacto de um pequeno asteroide com a Terra que ocorreu perto da cidade de Chelyabinsk, na Rússia, em 2013. O caso resultou em mais de 3 mil edifícios danificados e até 1.500 pessoas feridas e causou uma grande perda econômica.
Na época, os cientistas não sabiam da aproximação do corpo espacial à Terra.
"Ainda há uma grande lacuna entre o número de asteroides próximos à Terra descobertos e o número real de asteroides próximos à Terra, e o risco potencial de impacto de asteroides é muito maior do que a avaliação baseada nos dados das descobertas atuais", disseram os cientistas.
A apresentação do artigo mostra que agora, com o aumento das capacidades de observação, se sabe sobre mais de 835 asteroides próximos à Terra cuja diâmetro excede 1 km.
O estudo considera outras estratégias para evitar as colisões e as compara em quatro períodos de conscientização sobre o perigo de asteroides:
O período de aviso de sete dias, em que dos métodos disponíveis para a humanidade só armas nucleares podem ser usadas para eliminar a ameaça em um prazo tão curto.
O período de aviso de cinco anos, em que as armas nucleares são a opção mais eficaz que pode destruir asteroides até mil quilômetros de diâmetro.
O período de aviso de 15 anos, em que as armas nucleares são eficazes em todos os casos, enquanto tais métodos como o impacto cinético, acelerador de massa e trator de gravidade de asteroides não são eficazes contra objetos cujo diâmetro é maior que 350 m.
O período de aviso de 50 anos, em que as armas nucleares permanecem eficazes, mas admitindo que os outros meios também salvariam o planeta de uma colisão.
Há outro problema que os cientistas ainda tentam resolver: a precipitação nuclear que pode causar poluição interestelar.
Contudo, os pesquisadores pedem que se pense a longo prazo e que se apoie a pesquisa e o desenvolvimento da defesa nuclear para evitar uma ameaça apocalíptica à humanidade.