Em nota publicada no dia 17 de agosto, a rede social X anunciou o encerramento das atividades do escritório no Brasil, que funcionava no país desde 2012. O empresário sul-africano alegou que a decisão foi tomada por perseguições da Justiça brasileira, em especial do ministro do STF Alexandre de Moraes.
Segundo informações do g1, na semana passada, Moraes considerou a existência de um "grupo econômico de fato" sob o comando de Musk e, um dia depois da nota publicada pelo X sobre o encerramento das atividades no Brasil, mandou bloquear todos os valores financeiros do grupo no país, a fim de garantir o pagamento das multas aplicadas pela Justiça brasileira contra a rede social em questão.
Ainda conforme informações da mídia brasileira, repassadas por assessores do ministro do STF, a Starlink, que atua na venda de serviços de Internet por satélite, principalmente na região Norte, é a outra companhia de Musk no país. Os dirigentes da Starlink, inclusive, foram notificados e intimados a responder pelos valores devidos à Justiça brasileira pelo X.
Em resposta às decisões judiciais, Musk voltou a pessoalizar o debate. Nesta quinta-feira (29), o empresário fez uma publicação na qual chamou Moraes de "criminoso da pior espécie, disfarçado de juiz". Antes, o próprio Musk já havia comparado o ministro a vilões de filmes.
"Esse cara @Alexandre é um criminoso da pior espécie, disfarçado de juiz."
Em outra publicação, Musk voltou a atacar Moraes, chamando-o de ditador e ofendeu também o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a quem se referiu como "cachorrinho do ministro".
"O tirano, @Alexandre, é ditador do Brasil. Lula é seu cachorrinho."
Na noite da quarta-feira (28), o ministro do STF intimou Musk a indicar, em 24 horas, o novo representante legal da companhia no Brasil. Em caso de descumprimento da determinação, a decisão prevê suspensão das atividades da rede no Brasil.