A Ucrânia interromperá o trânsito de petróleo e gás da Rússia para os países da União Europeia (UE) a partir de 1º de janeiro de 2025, informou na sexta-feira (30) Mikhail Podolyak, conselheiro do chefe de gabinete de Vladimir Zelensky.
"Qualquer outro gás de trânsito virá de países da Ásia Central, por exemplo. Além disso, a partir de 1º de janeiro de 2025, o oleoduto Druzhba, por meio do qual países como a Eslováquia, a República Tcheca e a Hungria recebiam petróleo russo, deixará de funcionar. Houve uma resolução da UE que determinava que eles deveriam encontrar maneiras de diversificar o fornecimento de petróleo e interromper o trânsito do petróleo russo pela Ucrânia. Isso também se aplica ao gás", disse Podolyak.
Ele explicou que, de acordo com os contratos atuais, que expiram em 1º de janeiro de 2025, a Ucrânia não poderia romper unilateralmente, "apesar do estado em que se encontra".
"Se algum país da Europa considerar necessário receber gás do Cazaquistão ou do Azerbaijão, a Ucrânia está pronta para transitar por ele se houver logística adequada, base legal e contactabilidade", especificou.
Em maio de 2022, a Ucrânia parou de receber o trânsito de gás pela estação de dimerização de gás de Sohranovka na República Popular de Lugansk (RPL), citando o fato de que ele estava sob o controle das forças da Ucrânia. Como resultado, restou apenas uma entrada para o trânsito de gás para a Europa: a estação de dimerização de gás de Sudzha.
A corporação estatal russa Gazprom declarou que a transferência de todos os volumes para Sudzha é tecnologicamente impossível. O acordo de trânsito entre a Gazprom e a Ucrânia estipula que o volume de bombeamento diário garantido de ambos os lados a partir de 2021 é de 109,6 milhões de metros cúbicos.