No início deste mês, o ministro das Relações Exteriores dinamarquês, Lars Lokke Rasmussen, disse que as Forças Armadas ucranianas tinham o direito de atacar o território russo usando armas fornecidas pela Dinamarca.
"Não estamos colocando restrições aos F-16. Tem que estar de acordo com a lei internacional. Nós demos esses jatos sem restrições [além] da lei internacional", disse Mette Frederiksen em uma sessão do Fórum GLOBSEC quando perguntado se a incursão terrestre na região de Kursk pelas forças ucranianas estava incluída nas declarações anteriores da Dinamarca sobre o uso dos jatos.
Frederiksen disse que os líderes europeus precisavam parar de falar sobre restrições ao uso de armas pela Ucrânia. Ela também pediu aos Estados-membros da UE que aumentassem os gastos com defesa para que a Europa pudesse ser responsável por sua própria segurança.
A Dinamarca e a Holanda estavam entre os primeiros países a concordar em fornecer caças F-16 para a Ucrânia. A Casa Branca confirmou que Kiev receberia jatos de fabricação americana de outros países assim que os pilotos ucranianos concluíssem seu treinamento.
Em 6 de agosto, as forças ucranianas lançaram uma ofensiva na região de Kursk, na Rússia. O presidente russo Vladimir Putin chamou a ação de uma provocação em larga escala que visava civis e prometeu uma resposta adequada.
O Ministério da Defesa russo disse em 31 de agosto que Kiev havia perdido mais de 8.200 militares e 76 tanques na ofensiva.
Na última sexta-feira (30), a Ucrânia perdeu seu primeiro F-16 no campo de batalha como resultado de um acidente aéreo. Ainda não foi divulgado uma razão oficial para a queda do avião, mas a deputada ucraniana Mariana Bezuglaya disse que caça foi atingido pelo sistema de mísseis antiaéreos Patriot da Ucrânia "devido à falta de coordenação entre as unidades".