Panorama internacional

Senegal diz que é 'preciso isolar Israel politicamente' para acabar com guerra em Gaza

O primeiro-ministro do Senegal, Ousmane Sonko, defendeu neste domingo (31) que a guerra promovida por Israel na Faixa de Gaza só vai parar quando o país for isolado politicamente pela comunidade internacional. O conflito na região começou em outubro do ano passado e já provocou a morte de mais de 40 mil palestinos.
Sputnik

"É necessário reunir todos aqueles que condenam essa injustiça e trabalhar em uma solução política, ou seja, uma solução que consiste no isolamento do Estado de Israel, no isolamento político", declarou Sonko durante um discurso em apoio aos palestinos na mesquita de Dakar, segundo a transmissão do portal Senenews.

Sonko chamou o que ocorre em Gaza de "barbaridade" com a aprovação dos países ocidentais, principalmente os Estados Unidos, que enviam armas e recursos para financiar o governo do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu.
"Todos aqueles que nos falam sobre democracia e direitos humanos são os mesmos que apoiam Israel e o armam", acrescentou Sonko.
Panorama internacional
EUA teriam enviado cerca de 50.000 toneladas de armas para Israel desde início de guerra em Gaza

Conflito dura mais de nove meses

Israel sofreu um ataque de mísseis sem precedentes vindos da Faixa de Gaza em 7 de outubro de 2023. Na sequência, combatentes do movimento palestino Hamas invadiram áreas fronteiriças, quando capturaram mais de 200 reféns e provocaram a morte de cerca de 1.200 pessoas.
Em retaliação, Israel iniciou os bombardeios contra a Faixa de Gaza, que sequer pouparam escolas, hospitais e abrigos para refugiados. Além disso, realizou um bloqueio por terra, ar e mar que fez interromper o fornecimento de água, eletricidade, combustível, alimentos e medicamentos. Segundo o Ministério da Saúde de Gaza, mais de 40 mil pessoas morreram e 94 mil foram feridas.
O Ministério das Relações Exteriores da Rússia apelou para que as partes cessem as hostilidades. Para Moscou, a resolução das tensões no Oriente Médio é possível apenas com base na fórmula aprovada pelo Conselho de Segurança da ONU, que prevê a criação de um Estado palestino dentro das fronteiras de 1967, com capital em Jerusalém Oriental.
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