Stoltenberg afirmou que a OTAN não foi informada sobre os planos da Ucrânia de antemão e não desempenhou nenhum papel neles, no entanto, Kiev "tem o direito de se defender. E de acordo com a lei internacional, esse direito não para na fronteira".
Ele acrescentou que os ucranianos estavam correndo riscos com o avanço em território russo, mas que cabia a Kiev conduzir sua campanha militar, segundo a Reuters.
"O presidente Vladimir Zelensky deixou claro que a operação visa criar uma zona-tampão para evitar mais ataques russos do outro lado da fronteira. Como todas as operações militares, isso traz riscos. Mas é decisão da Ucrânia como se defender", afirmou.
Kiev lançou uma incursão transfronteiriça na região russa de Kursk em 6 de agosto, enquanto as tropas de Moscou continuam pressionando em direção ao centro estratégico de Pokrovsk, em Donbass.
Zelensky tem sido alvo de uma enxurrada de críticas de soldados, legisladores e analistas militares sobre os rápidos avanços feitos pelo Exército russo em Donbass desde que Kiev lançou a incursão na região russa de Kursk, uma vez que a linha de frente ucraniana de Donetsk ficou enfraquecida, relatou o Financial Times na sexta-feira (30).