A primeira rodada de pesquisas Quaest, realizada após o início da campanha eleitoral, em agosto, aponta para uma maior influência do ex-presidente, atualmente inelegível, Jair Bolsonaro (PL), nas eleições municipais de 2024 em nove de 21 capitais analisadas, contra apenas três do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Enquanto a influência de Lula prepondera em Recife, Fortaleza e Salvador, uma indicação de Bolsonaro é melhor recebida em Boa Vista, Campo Grande, Cuiabá, Curitiba, Manaus, Maceió, Porto Velho, Rio Branco e Rio de Janeiro.
Já em Belém, Macapá, Belo Horizonte, Florianópolis, Aracaju, João Pessoa, Vitória, São Paulo, Porto Alegre, os dados apontam para empate técnico enquanto em Natal, Goiânia, Palmas, Teresina e São Luís não há dados disponibilizados.
Falando ao G1, o diretor da Quaest, Felipe Nunes, destacou que "a força das lideranças nacionais capturada pelas pesquisas segue o mesmo padrão que observamos nas eleições de 2022. Bolsonaro venceu Lula em muitas capitais, embora o atual presidente tenha tido vitória significativa em São Paulo, capital, um dos resultados mais importantes para a sua vitória. Mas no interior dos estados, principalmente do Nordeste, a situação é melhor para Lula".
A pesquisa revelou que entre as 21 capitais, a fatia dos que responderam que votariam em um desconhecido indicado por Lula vai de 15% em Boa Vista a 35% no Recife; no caso de Bolsonaro, de 14% em Salvador a 42% em Boa Vista.
Segundo o diretor da Quaest, o que impressiona é a capacidade e influência e mobilização eleitoral de ambos os líderes políticos. De acordo com ele, Lula e Bolsonaro conseguem influenciar, juntos, 50% do eleitorado — o que indica um peso relevante da influência de ambos no cenário de disputas municipais.
"Embora a influência média dos dois presidentes seja evidente em todo o território nacional, ela varia entre regiões e ao longo do tempo. Quanto mais a economia dá sinais positivos, quanto maiores forem as entregas do governo Lula, maiores as chances de seu capital político aumentar", destacou Nunes.
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