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Mídia: governo Lula 'liga alerta' após debate fortalecer Trump e influenciar bolsonarismo no Brasil

© AFP 2023 / Evaristo SaO presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva observa durante uma reunião ministerial de emergência convocada para discutir novas medidas de apoio às cidades afetadas pelas enchentes no estado do Rio Grande do Sul no Palácio do Planalto, em Brasília, em 13 de maio de 2024
O presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva observa durante uma reunião ministerial de emergência convocada para discutir novas medidas de apoio às cidades afetadas pelas enchentes no estado do Rio Grande do Sul no Palácio do Planalto, em Brasília, em 13 de maio de 2024 - Sputnik Brasil, 1920, 29.06.2024
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Após a fragilizada atuação de Joe Biden no debate presidencial com Donald Trump, o fortalecimento da candidatura do republicano aumentou a preocupação no Palácio do Planalto com as consequências para o governo Lula ante uma eventual volta do ex-presidente à Casa Branca, escreve a Folha de S.Paulo.
De acordo com a mídia, a principal avaliação entre auxiliares do petista é que o eventual retorno de Trump significaria um empoderamento da extrema direita no Brasil e do bolsonarismo, com risco de impacto até mesmo sobre o Supremo Tribunal Federal (STF).
Em um embate tenso, Trump encurralou Biden de maneira enérgica em temas-chave para o eleitorado norte-americano. O desempenho ruim do democrata aumentou a pressão para que ele desista de concorrer, diz a mídia.
Embora ainda faltem meses para a eleição, que acontece em novembro, e o próprio Trump ainda enfrente desafios políticos e até judiciais em sua campanha, membros do governo opinam que Biden demonstrou fragilidade no debate.
As dificuldades de Biden têm sido exploradas por bolsonaristas nas redes. O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho do ex-presidente e articulador internacional do bolsonarismo, publicou em rede social vídeo do debate para dizer que Biden travou e republicou uma mensagem que ironiza a idade do democrata.
O presidente dos EUA, Joe Biden, e o ex-presidente Donald Trump realizam primeiro debate presidencial das eleições de novembro. 27 de junho de 2024 - Sputnik Brasil, 1920, 28.06.2024
Panorama internacional
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O debate aconteceu na quinta-feira (27), mesmo dia em que Lula criticou Trump, lembrou o ataque ao Capitólio e disse que pessoas assim não são boas para a política.
"O Biden é a certeza de que os EUA vão continuar respeitando a democracia. O Trump já deu aquela demonstração quando ele invadiu o Capitólio. Fez lá o que se tentou fazer aqui no Brasil no 8 de janeiro. Como democrata, estou torcendo para que o Biden saia vitorioso. Tenho uma relação sólida com ele e pretendo manter", afirmou Lula, em entrevista à rádio Itatiaia.
Assessores no Palácio do Planalto manifestaram preocupação de que o fortalecimento de Trump crie uma nova onda em favor da extrema direita nos EUA e em todo o mundo, relata o jornal.
No Brasil, significaria combustível novo para o bolsonarismo, movimento que, na visão do Planalto, se enfraqueceu com as investigações sobre o 8 de janeiro de 2023 e a inelegibilidade de Bolsonaro decidida pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), analisa a mídia.
Assessores de Lula, ouvidos pela Folha, traçaram dois cenários para um eventual relacionamento entre Lula e Trump a partir de 2024.
No otimista, temas econômicos ganhariam precedência sobre a disputa ideológica e o governo petista conseguiria margem para conduzir a agenda bilateral com pragmatismo. No pessimista, os vínculos políticos do trumpismo com Bolsonaro e seus aliados.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante evento de lançamento do programa para reduzir o desmatamento na Amazônia. Brasília (DF), 9 de abril de 2024 - Sputnik Brasil, 1920, 10.04.2024
Notícias do Brasil
Lula atribui ameaças de Musk a crescimento do 'extremismo de direita' no Brasil
Políticos norte-americanos partidários de Trump denunciaram recentemente o que "consideram perseguição" e censura do STF contra bolsonaristas.
Além disso, o bilionário Elon Musk, apoiador de Trump, fez ataques nas redes sociais ao ministro do STF Alexandre de Moraes e o acusou de ter atuado para beneficiar Lula.
De acordo com pessoas que acompanham o tema no governo brasileiro, no momento é preciso aguardar para entender quais serão os próximos passos dos democratas nos EUA.
O governo vai analisar primeiro se Joe Biden permanecerá candidato ou se cederá à pressão para ser substituído por alguém menos idoso.
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