Segundo o especialista, a própria existência do BRICS já teve algumas consequências em vários processos no campo da governança econômica global.
"Acho que temos o direito de dizer que a ampliação do bloco nos dá uma boa chance de melhorar a situação na esfera da estabilidade financeira", disse ele, falando na sessão "BRICS expandido: novos componentes da estabilidade global".
Storchak acrescentou que há uma tendência de uso de moedas nacionais, e seria melhor a intensificar para os países serem menos dependentes dos mercados de moedas de reserva e da infraestrutura financeira das economias desenvolvidas.
"Uma área importante relacionada à expansão do BRICS é o aumento do número de moedas nacionais que potencialmente podem ser usadas nas transações comerciais e no investimento mútuos."
Ele acredita que a direção seguinte poderia ser que todos os países-membros promovam a "internalização do yuan chinês e da rúpia indiana".
Além disso, o volume de transações no comércio exterior apoiadas pelo Centro de Exportação da Rússia nos países do BRICS em janeiro-julho deste ano chegou a quase US$ 5,8 bilhões (R$ 32,6 bilhões), disse Dmitry Prokhorenko, diretor para o desenvolvimento da rede exterior do Centro de Exportação da Rússia, no Fórum Econômico do Oriente.
Ele observou que o centro fornece ferramentas de apoio fundamentais para o crescimento do potencial de exportação da Rússia no âmbito da ampliação do BRICS.
De acordo com ele, a expansão do BRICS abre novas oportunidades para que os membros da associação aprofundem o comércio e a cooperação econômica. O tema foi destacado durante a sessão "BRICS ampliado: novos fatores de estabilidade global" do fórum.
Por exemplo, os exportadores russos para a América Latina, em que alguns países expressaram seu interesse a se juntar ao BRICS, usam ativamente o apoio do Centro de Exportação da Rússia.
Nos últimos anos, o seguro de recebíveis tem atraído o maior interesse na América Latina.
"De 2021 a 2024, as remessas seguradas de vários produtos para a América Latina totalizaram US$ 5,4 bilhões [R$ 30,3 bilhões]. A maior parte, cerca de 77%, era composta por fertilizantes e em segundo lugar eram produtos da indústria metalúrgica, 13%", disse Prokhorenko.
O Fórum Econômico do Oriente é realizado de 3 a 6 de setembro no campus da Universidade Federal do Extremo Oriente, em Vladivostok.
O tema principal do evento deste ano é "Extremo Oriente 2030. Unindo esforços, criando oportunidades". A Sputnik é o principal parceiro noticioso do fórum.