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Brasil, China, Índia e Turquia têm interesse em centro de ciências em ilhas árticas

© Sputnik / Vladimir KhistyakovPaisagem da ilha de Svalbard, Noruega
Paisagem da ilha de Svalbard, Noruega - Sputnik Brasil, 1920, 03.09.2024
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A China, a Índia, a Turquia e o Brasil estão interessados na cooperação no âmbito do centro científico e educacional internacional no arquipélago de Svalbard (Spitsbergen, na denominação russa), disse Mikhail Kuznetsov, diretor da instituição científica da Rússia Vostokgosplan, à Sputnik em uma entrevista durante o Fórum Econômico do Oriente.
Em janeiro, o ministro russo para o Desenvolvimento do Extremo Oriente e do Ártico, Aleksei Chekunkov, disse que o arquipélago de Spitsbergen, o local da Terra permanentemente habitado mais próximo do Polo Norte, dividido entre a Noruega e a Rússia, poderia se tornar um projeto modelo de cooperação científica internacional com os países do BRICS.
Ele também informou sobre o interesse da Índia e da China em estabelecer centros e estações científicas nas ilhas, o que foi sublinhado na Cerimônia de abertura da plataforma de discussão internacional Roscongress-Urban Hub, entre outros assuntos.
Agora, Kuznetsov confirmou o interesse de alguns dos países do BRICS, e nem só em atividades científicas no extremo norte da Terra, especificando que a Índia e China já adotaram suas estratégias nacionais para o Ártico, priorizando a ciência e a pesquisa no monitoramento e na avaliação das mudanças climáticas.

"Hoje, vemos um interesse real de países como China, Índia, Turquia e Brasil na formação de um centro científico e educacional internacional em Spitsbergen. [...] O Brasil está considerando assinar o Tratado de Svalbard e se candidatar ao Conselho do Ártico como país observador. Parece que é um hemisfério completamente diferente, mas, mesmo assim, há interesse", disse.

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Segundo ele, graças à presença da Rússia em Spitsbergen, a ilha pode se tornar uma "base de apoio" e um "bom centro" para que os países do BRICS e da Organização para Cooperação de Xangai desenvolvam a cooperação científica internacional. O assunto foi destacado durante a sessão "Cooperação na Grande Eurásia: Experiência de desenvolvimento de cadeias de produção da UEE, OCX e BRICS" do fórum.

"Poderão ser pesquisas no campo da climatologia, fauna, biodiversidade, poluição do oceano mundial. [...] Também é a energia verde, porque existe a questão de como garantir energia sustentável sem poluir o Ártico. Trata-se de tecnologias espaciais e da capacidade de prever as mudanças climáticas", destacou.

O Fórum Econômico do Oriente é realizado de 3 a 6 de setembro no campus da Universidade Federal do Extremo Oriente, em Vladivostok.
O tema principal do evento deste ano é "Extremo Oriente 2030. Unindo esforços, criando oportunidades". A Sputnik é o parceiro de informações geral do fórum.
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