O NABU informou no aplicativo de mensagens Telegram que sua comissão disciplinar concluiu que Uglava havia cometido ações "visando desacreditar pessoal e profissionalmente um funcionário do departamento que apresentou uma nota sobre possíveis fatos de vazamento de informações", segundo a Bloomberg.
A agência não forneceu mais detalhes e não nomeou a pessoa. Gizo Uglava está listado em seu site como ocupante do cargo, e em seguida postou uma declaração no Facebook (plataforma proibida na Rússia por extremismo) negando qualquer irregularidade.
"O próximo passo para provar minha inocência nos processos contra mim será ir ao tribunal", disse Uglava, citado pela Reuters.
Anastasia Radina, chefe do comitê parlamentar anticorrupção, disse nas redes sociais que o funcionário havia sido demitido por pressionar um denunciante que havia relatado um possível vazamento de informações.
Uma fonte policial afirmou em maio que o vazamento havia comprometido uma investigação de alto nível sobre um projeto de construção de estradas envolvendo dinheiro do governo.
Outra demissão ocorrida na segunda-feira (2) foi a do chefe da Ukrenergo, da rede de transmissão de energia da Ucrânia, segundo fontes citadas pela mídia ucraniana, sob alegações de falha na proteção de instalações de energia.
Vladimir Kudritsky foi demitido por uma votação de 4 a 2 pelo Conselho de Supervisão da empresa. Ele disse que seria substituído por Aleksei Brekht.
De acordo com a Reuters, os meios de comunicação ucranianos, antes da reunião do conselho, publicaram uma carta de organizações ocidentais ativas na Ucrânia, incluindo a União Europeia (UE), expressando "profunda preocupação" ao primeiro-ministro Denis Shmygal sobre os relatos da iminente demissão de Kudritsky.
Erradicar a corrupção oficial é uma das principais condições para a Ucrânia em sua busca pela filiação à UE. Pesquisas de opinião mostram que os ucranianos, cansados pelo longo conflito, têm cada vez menos tolerância à impunidade entre autoridades estatais, escreve a agência britânica.