Panorama internacional

Venezuela acusa os EUA de serem 'cúmplices' dos que promoveram protestos violentos no país

A Venezuela criticou nesta terça-feira (3) a posição dos EUA em relação ao mandado de prisão emitido contra o ex-candidato presidencial Edmundo González, e acusou o governo de Joe Biden de ser "cúmplice" dos setores da oposição que convocaram protestos violentos em rejeição aos resultados das eleições de 28 de julho.
Sputnik

"A violência ou bravata do [subsecretário de Estado dos EUA para Assuntos do Hemisfério Ocidental, Brian] Nichols é produto das transações realizadas em Miami. Ele é cúmplice da gangue criminosa que tentou incendiar o país após perder as eleições, agora faz birra quando a Justiça atinge os organizadores da violência e ao desconhecimento dos poderes públicos", disse o ministro das Relações Exteriores da Venezuela, Yván Gil, em seu canal oficial do Telegram.

O comentário tecido pelo ministro fez referência a uma mensagem do subsecretário norte-americano sobre a ordem judicial contra González.
"Em vez de reconhecer a sua derrota eleitoral e se preparar para uma transição pacífica na Venezuela, [Nicolás] Maduro ordenou agora a prisão do líder democrático que o derrotou esmagadoramente nas urnas", disse Nichols na oportunidade.
Segundo o subsecretário norte-americano, "Edmundo González promoveu a reconciliação nacional e nos juntamos à crescente lista de parceiros internacionais que condenam esta ordem de prisão".
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Gil, por sua vez, apelou aos EUA para que "se dediquem aos seus problemas, que já têm o suficiente" e respeitem a Venezuela e sua soberania. "Continuaremos a avançar, apesar do seu ódio e das pretensões neocoloniais", concluiu.
Um tribunal venezuelano com jurisdição sobre crimes associados ao terrorismo concordou na segunda-feira (2) em prender González pela suposta prática de vários crimes.
A ordem foi emitida depois que González não cumpriu as três intimações emitidas pelo Ministério Público para testemunhar perante o órgão no âmbito da investigação que está sendo realizada contra ele.
No dia 1º de agosto, o Supremo Tribunal de Justiça (STJ) admitiu o recurso eleitoral interposto pelo presidente Nicolás Maduro e iniciou uma investigação sobre as eleições, para a qual convocou os dez candidatos que participaram do pleito.
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Já no dia 22 de agosto, a Suprema Corte garantiu que, por meio do processo de perícia, foi concluído que os boletins emitidos pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE) "mantêm plena coincidência com os registros das bases de dados dos centros nacionais de totalização".
Segundo o CNE, Maduro obteve 51,95% dos votos, enquanto Edmundo González, seu adversário mais próximo, alcançou 43,18% dos votos.
Entretanto, a oposição não reconhece os resultados e afirma que o seu candidato foi o vencedor.
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