"Nenhum país é de fato independente sem o exercício pleno da democracia. A democracia é mais do que votar no dia da eleição. É lutar pela conquista de direitos", enfatizou o presidente no início do discurso.
Lula denominou, também, democracia como sinônimo de direitos básicos, como fazer três refeições por dia, morar com dignidade e ter um salário justo.
"A vitória da democracia permitiu que trouxéssemos de volta as políticas de inclusão social que retiraram milhões da pobreza. Que tivéssemos uma política externa ativa, à altura da grandeza do Brasil. Que a saúde e a educação voltassem a ser prioridade. Que a ciência derrotasse o negacionismo", disse.
Além disso, o presidente recordou episódios que tentaram colocar em xeque a democracia do país, como a invasão e depredação de edifícios do governo federal no dia 8 de janeiro de 2023. Quanto aos acontecimentos desse dia, Lula afirmou que o Brasil mostrou ao mundo ser um país "onde a paz e a liberdade imperam".
Às vésperas do 7 de Setembro, o chefe de Estado ressaltou que democracia é o diálogo e convivência civilizada entre opostos.
"É o respeito à vontade do povo expressa livremente nas urnas. Não é o direito de mentir, espalhar o ódio e atentar contra a vontade do povo. Em momentos decisivos da história, a defesa da democracia é capaz de unir adversários".
Lula também aproveitou a oportunidade para dizer que "a soberania do país não está à venda", em afirmação possivelmente direcionada ao bilionário Elon Musk, que tem tentado contra o Supremo Tribunal Federal (STF) e o governo federal.
"Nenhum país é de fato independente quando tolera ameaças à sua soberania. Seremos sempre intolerantes com qualquer pessoa, tenha a fortuna que tiver, que desafie a legislação brasileira", enfatizou.