Em uma reunião regular dos aliados da Ucrânia na Base Aérea de Ramstein, na Alemanha, nesta sexta-feira (6), Zelensky repetiu seu apelo para que as nações ocidentais forneçam mais mísseis de longo alcance e levantem as restrições ao seu uso para atingir alvos na Rússia.
Em resposta, Austin disse que Washington e seus aliados continuarão a dar forte apoio à Ucrânia, mas ao ser questionado por repórteres, o chefe do Pentágono rejeitou a ideia de que permitir ataques profundos na Rússia com armas ocidentais seria "uma virada de jogo".
"Não há nenhuma capacidade que seja decisiva por si só nesta campanha", disse o secretário de Defesa a repórteres no final da reunião, relata a Reuters.
Austin também declarou que a Ucrânia tinha capacidades próprias, como drones, para atingir alvos na Rússia que estavam além do alcance do ATACMS e dos mísseis Storm Shadow fornecidos pelos britânicos.
"Há muitos alvos na Rússia — um país grande, obviamente. E há muita capacidade que a Ucrânia tem, em termos de drones e outras coisas para lidar com esses alvos", acrescentou o secretário. Por fim, Austin anunciou outros US$ 250 milhões (R$ 1,3 bilhão) em assistência de segurança norte-americana para Kiev.
O ministro das Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov, respondendo a uma pergunta sobre a potencial entrega de mísseis de longo alcance dos EUA para a Ucrânia, alertou Washington na quarta-feira (4) para não brincar com as "linhas vermelhas" da Rússia, conforme noticiado.