Os membros da Câmara dos Representantes, incluindo os representantes Elise Stefanik, Ashley Hinson e John Moolenaar, que preside um comitê seleto sobre a China, pediram ao Departamento de Agricultura e à Agência de Segurança Cibernética e de Infraestrutura (CISA, na sigla em inglês) que detalhassem os esforços do governo para lidar com os riscos representados pelos drones distribuidores de aerossóis.
Os legisladores pediram um briefing até 30 de setembro, citando o grande número de drones produzidos pelo fabricante chinês DJI como uma preocupação de segurança, segundo a Reuters.
A DJI respondeu que não tem vínculos com os militares chineses, dizendo em uma declaração por e-mail que "as acusações infundadas contra nossa tecnologia de drones agrícolas estão colocando os agricultores dos EUA em risco, potencialmente privando-os dos enormes benefícios que os drones de pulverização da DJI oferecem".
A carta do Congresso observou que o Departamento de Comércio impôs restrições à exportação de drones distribuidores de aerossóis que têm potencial para serem usados como plataformas de entrega de armas.
"O risco desses drones de pulverização agrícola da DJI serem manipulados para realizar um ataque nos Estados Unidos não pode ser ignorado", dizia a carta. "Depender do nosso maior adversário estratégico para tecnologia crítica ao sucesso da nossa produção agrícola coloca em risco a resiliência do nosso suprimento de alimentos", acrescenta o documento.
Os drones agrícolas da DJI usam sensores avançados que podem coletar e interpretar dados de colheitas que são "impossíveis de serem vistos pelo olho humano", escreveram os legisladores, argumentando que a China poderia usar os sensores "para obter acesso a detalhes granulares sobre a estabilidade e as condições do setor agrícola dos EUA".
A Embaixada da China em Washington disse que Pequim "apoia firmemente as empresas chinesas na realização de comércio internacional e cooperação em drones para uso civil, e se opõe às frequentes sanções ilegais de certos países contra empresas e indivíduos chineses com base na chamada segurança nacional".