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EUA propõem acordo para frustrar base militar chinesa na África

© Foto / Twitter / ReproduçãoMarinha da China na África
Marinha da China na África - Sputnik Brasil, 1920, 07.09.2024
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Os Estados Unidos estão montando um pacote de assistência econômica e de segurança para o Gabão, em uma tentativa de impedir que a China estabeleça uma presença militar no país centro-africano estrategicamente posicionado, de acordo com pessoas familiarizadas com o assunto, ouvidas pela Bloomberg.
De acordo com as fontes, que pediram para não serem identificadas discutindo informações privadas, o pacote incluirá treinamento para as forças especiais gabonesas e de US$ 5 milhões (R$ 27,8 milhões) em financiamento para a transição democrática do país.
A ação dos EUA ocorre após o que autoridades norte-americanas dizem ter sido tentativas chinesas de estabelecer uma instalação de treinamento militar na nação da costa atlântica, o que foi observado como um precursor para uma base permanente.
Washington mantem uma rede extensa de instalações militares ao redor do mundo — incluindo no quintal da China — mas veem qualquer base chinesa no Atlântico como uma linha vermelha, escreve a mídia.
O pacote, que não está finalizado, será revelado durante uma visita aos EUA do presidente interino do Gabão, Brice Clotaire Oligui Nguema, no final de setembro ou início de outubro, disseram as fontes.
O acordo também incluirá um radar para ajudar o país a monitorar a pesca ilegal, uma expansão de sua parceria com a Guarda Nacional da Virgínia Ocidental e assistência com a conservação em seus parques nacionais.
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Durante reuniões com Nguema no Gabão em julho, o vice-secretário de Estado, Kurt Campbell, alertou que qualquer centro de treinamento militar chinês provavelmente seria um precursor de uma presença mais duradoura — como aconteceu no Djibuti.
Um relatório do Pentágono de 2023 listou 18 países que a China provavelmente também considerou como locais para "instalações de logística militar", variando de Mianmar ao Paquistão, Emirados Árabes Unidos e Tajiquistão.

"O que aconteceu no Djibuti é que os chineses vieram e disseram que só queriam uma instalação logística aqui. Isso se transformou em uma instalação naval bem grande, onde você tem uma presença naval chinesa permanente e uma exclusão dos djibutienses de seu próprio território", disse David Cohen, vice-diretor da Agência Central de Inteligência (CIA), em uma entrevista, citada pela mídia.

Embora uma presença militar chinesa na costa leste da África provavelmente fosse menos preocupante para os EUA do que o acesso ao Atlântico, ela aumentaria a capacidade da China de projetar poder no oceano Índico, bem como no Oriente Médio, analisa a agência.
Nos últimos anos, Washington vem tentando minar o papel chinês como potência estrangeira dominante na África, mas ainda não igualou a generosidade financeira de Pequim e é amplamente considerado como não tendo tratado o continente como uma prioridade estratégica.
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