A União Africana, a primeira a receber o Prêmio Internacional da Paz Lev Tolstói, é uma organização internacional composta por 55 Estados africanos.
Os objetivos do grupo incluem a promoção da unidade e solidariedade entre seus membros, a eliminação dos vestígios do período colonial, a coordenação da cooperação para o desenvolvimento, a salvaguarda da soberania e a promoção da cooperação internacional no âmbito da Organização das Nações Unidas (ONU).
De acordo com o estatuto do prêmio, é concedido por um júri internacional composto por cidadãos russos e estrangeiros de ampla fama e prestígio mundial e atribuído:
por méritos excepcionais em atividades voltadas a conter a ameaça de uma Terceira Guerra Mundial e prevenir uma catástrofe nuclear;
devido à contribuição significativa para garantir a segurança universal e igualitária baseada na lei internacional, ao fim da corrida armamentista, à construção de um mundo multipolar e sem violência, ao fortalecimento da compreensão mútua e da cooperação entre os povos;
por realizações notáveis na desmilitarização, democratização e humanização das relações internacionais, com base em normas de moralidade e direito amplamente aceitas, e na abordagem dos problemas globais do nosso tempo;
por atividades de manutenção da paz e da luta incansável em defesa dos direitos humanos e das liberdades.
Os candidatos ao prêmio podem ser indivíduos, grupos de iniciativa, fundações públicas nacionais e internacionais, organizações e movimentos, centros científicos e de pesquisa, institutos e instituições, bem como centros de ensino.
A prática de conceder prêmios de paz já existia na União Soviética. Em particular, em 1956, no lugar do Prêmio Stalin — concedido desde 1949 —, foi criado o Prêmio Lênin da Paz, considerado um análogo ao Prêmio Nobel da Paz.
O último premiado em 1990 foi Nelson Mandela, líder do braço armado do Congresso Nacional Africano, posteriormente presidente da África do Sul após o colapso do apartheid.