"A cooperação técnico-militar entre nossos países é conduzida de maneira a que nenhum de seus elementos viole o direito internacional ou as resoluções pertinentes do Conselho de Segurança da ONU [Organização das Nações Unidas], nem viole as leis internas de nossos países", disse Ryabkov.
Segundo a autoridade, a cooperação entre Moscou e Teerã também não altera o equilíbrio regional no Oriente Médio. "Se os norte-americanos continuam insistindo em algum tipo de fornecimento do Irã para a Rússia, esse é um problema deles. Foi repetido até a exaustão que tal cooperação não existe. As invenções maliciosas são essencialmente a única coisa que ouvimos de Washington em relação à nossa política e nossa interação com outros Estados", enfatizou o vice-ministro.
Ryabkov também destacou que a Rússia continuará agindo de acordo com seus próprios interesses e objetivos de desenvolver a cooperação com todos os países, incluindo o Irã.
Na véspera, os EUA impuseram novas sanções a várias empresas e cidadãos do Irã e da Rússia. Em particular, a maior empresa aérea iraniana, Iran Air, foi sancionada por sua "participação no fornecimento de sistemas militares iranianos à Rússia", além do transporte de peças de reposição críticas e equipamentos de fabricação ocidental da Europa para o Irã.
Os governos da Alemanha, da França e do Reino Unido chegaram a ameaçar o Irã com a imposição de novas sanções, incluindo a anulação de acordos bilaterais de transporte aéreo, devido às supostas entregas de mísseis balísticos à Rússia.
A rede americana CNN comentou no dia 6 de setembro, citando fontes familiarizadas com o assunto, que o Irã teria supostamente fornecido à Rússia mísseis balísticos de curto alcance para atacar a Ucrânia. Porém, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Irã, Nasser Kanaani, negou as declarações, tal como a Rússia.
Vários países ocidentais afirmaram mais de uma vez que o Irã fornece drones à Rússia para sua operação militar na Ucrânia. Por sua vez, Moscou e Teerã negaram reiteradamente essas acusações.
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