Em declarações anteriores, o vice-primeiro-ministro sérvio, Aleksandr Vulin, chegou a declarar que a pressão e as ameaças da União Europeia poderiam levar o país a aderir ao BRICS.
"É necessário um tempo após a segunda onda de expansão [no início de 2024, cinco países ingressaram no BRICS] para ver como tudo funcionará. E, falando sobre a Sérvia, é lógico por enquanto falar em parceria, mas talvez haja circunstâncias que indiquem uma posição diferente. De fato, há perspectivas para uma interação mais estreita da Sérvia com o BRICS, assim como com outros candidatos", disse Panova.
A especialista lembrou que, recentemente, muitos países expressaram o desejo de ingressar no grupo, como Malásia, Azerbaijão e Turquia.
"A Sérvia não está mais distante do BRICS do que esses países. Mas é importante lembrar que tudo será decidido pelos líderes dos países e com base em consenso", enfatizou a especialista.
Criado em 2006 inicialmente com Brasil, Rússia, Índia e China, o BRICS teve a primeira expansão em 2011, com a entrada da África do Sul. Este ano ocorreu o maior crescimento desde o início do grupo, que agora também conta com Egito, Etiópia, Irã, Emirados Árabes Unidos e Arábia Saudita.
A Rússia conta com a presidência rotativa até o fim do ano e tem como lema fortalecer a multilateralidade para um desenvolvimento global justo e seguro. Ao todo são organizados mais de 200 eventos políticos, econômicos e sociais ao longo de 2024 entre os membros do BRICS.