Panorama internacional

Ocidente perdeu liberdade de expressão, já BRICS continua a protegê-la, diz associado de Assange

A era da liberdade de expressão está chegando ao fim no Ocidente com a imposição de sanções contra a mídia russa, enquanto a própria Rússia e o BRICS continuam a tomar medidas para proteger a liberdade de expressão, disse à Sputnik Adrian McRae, político australiano e associado público do fundador do WikiLeaks, Julian Assange.
Sputnik

"O sol parece estar se pondo rapidamente sobre a era da liberdade de expressão no Ocidente. [...] A recente onda de censura política contra a mídia russa que opera nos EUA e na Europa é uma realidade perturbadora e distópica que mostra como nossos senhores governantes estão se agarrando desesperadamente às suas últimas tentativas de controlar o fluxo de informações e, portanto, manipular as mentes de suas massas", disse o político australiano.

Segundo ele, a esperança de proteção da liberdade de expressão permanece na Rússia e nos países do BRICS.
Na terça-feira (10), a Associação de Jornalistas do BRICS realizou a conferência on-line "Liberdade de expressão na multipolaridade digital: garantias e riscos" como parte do fórum internacional Kazan Digital Week 2024.
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A conferência contou com a presença do ativista australiano e pai do criador do WikiLeaks Julian Assange, John Shipton.
McRae disse que ficou muito surpreendente por ver a Associação de Jornalistas do BRICS conceder ao "meu grande amigo e inspirador John Shipton" o Prêmio Voz da Paz do BRICS 2024.

"Somente na Rússia, e talvez na própria organização BRICS, esse prêmio poderia ser facilmente concedido a uma família que foi tão publicamente perseguida, e até presa, pelas forças das trevas no Ocidente por seu 'crime' de falar, divulgar e publicar a verdade", explicou.

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Ele acrescentou que o Ocidente continua a minar seus próprios ideais de longa data de liberdade de expressão e que a democracia está morrendo de forma lenta e dolorosa.

"Para que a democracia floresça, as pessoas precisam ter acesso a uma ampla gama de opiniões e fontes de informação, sem as quais não podemos tomar decisões democráticas equilibradas. As pessoas merecem escolher quais notícias ler, assistir e ouvir. Sem escolha, não há democracia", concluiu McRae.

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A situação da mídia russa no Ocidente tem se tornado cada vez mais complicada nos últimos anos.
Em novembro de 2016, o Parlamento Europeu adotou uma resolução afirmando a necessidade de combater a mídia russa, com a Sputnik e o canal de televisão RT apontados como as principais ameaças.
Vários políticos ocidentais acusaram a Sputnik e o RT de supostamente interferir nas eleições dos EUA e da França, mas não forneceram nenhuma prova. As autoridades russas consideraram essas declarações sem fundamento.
A União Europeia (UE) impôs recentemente sanções contra os principais meios de comunicação russos, proibindo sua transmissão no território da UE.
Essa decisão foi tomada sem recorrer aos tribunais ou aos órgãos reguladores nacionais dos países da UE, que são responsáveis pelos mercados de mídia de seus países.
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