Discursando em Berlim, o ministro da Defesa alemão, Boris Pistorius, disse que poderia confirmar a passagem da fragata Baden-Württemberg e do navio de suprimentos Frankfurt am Main.
"Águas internacionais são águas internacionais. É a rota mais curta e, dadas as condições climáticas, a mais segura. Então estamos de passagem", disse Pistorius, citado pela Reuters.
O Ministério da Defesa de Taiwan disse que, desde sexta-feira (13) de manhã, dois navios da marinha alemã navegavam pelo estreito em direção ao sul. As forças taiwanesas estão monitorando e a situação está "normal", disse o ministério em um breve comunicado.
Uma fonte de segurança familiarizada com a situação disse que os navios provavelmente deixariam o estreito completamente no sábado (13).
Uma segunda fonte de segurança, falando como a primeira sob condição de anonimato, disse que a aprovação foi uma declaração "alta e clara" de Berlim de que está ao lado de seus aliados para manter as regras internacionais.
Falando em Pequim antes da confirmação do trânsito, a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China disse que condenava desculpas para infringir a soberania da China.
"Nós nos opomos firmemente a provocações e ao risco à soberania e segurança da China sob a bandeira da 'liberdade de navegação'", disse Mao Ning em uma entrevista coletiva regular.
Em resposta, um porta-voz da chancelaria alemã afirmou que a Alemanha não era obrigada a notificar outros Estados sobre tal medida.
"Segundo o direito marítimo internacional, é bastante normal que nenhuma notificação seja necessária em águas internacionais e que você possa navegar por elas livremente", disse o porta-voz em uma entrevista coletiva regular em Berlim.
Navios de guerra norte-americanos navegam pelo estreito uma vez a cada dois meses, atraindo a ira de Pequim, e alguns aliados dos EUA, como Canadá e Reino Unido, também fizeram trânsitos ocasionais.
Pequim vê Taiwan como uma província renegada que pertence por direito à China no âmbito da política de Uma Só China. A ilha autogovernada não declarou formalmente sua independência, mas afirma já ser, mantendo laços próximos a países ocidentais, principalmente os EUA.