Panorama internacional

Governo Biden anuncia mais restrições a produtos chineses em meio à aproximação das eleições nos EUA

O governo do presidente Joe Biden anunciou nesta sexta-feira (13) novas medidas para impor tarifas sobre vários produtos chineses com a intenção de "proteger" os fabricantes norte-americanos e mostrar uma imagem de "dureza" contra a China um mês e meio antes das eleições, informou o jornal The New York Times.
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As tarifas, que variam de 7,5% a até 100%, serão aplicadas a roupas, painéis solares, veículos elétricos, aço e outros bens que a China comercializa a preços mais baixos do que as empresas norte-americanas. Segundo o jornal, as medidas podem aumentar o custo de algumas importações no contexto de alta de preços nos Estados Unidos.
Uma das medidas da administração Biden suspenderá uma norma comercial que permitiu no ano passado a entrada nos EUA de mais de 1.000 milhões de pacotes provenientes da China sem estarem sujeitos a impostos, o que teria "prejudicado" os fabricantes locais.
O governo, que já mantém altos impostos sobre outros produtos chineses, afirmou que os envios respaldados por essa norma permitiram a entrada no país de fentanilo, o opioide sintético que está gerando uma crise de consumo em vários estados, e de produtos falsificados, de acordo com o meio de comunicação.
A proposta pode afetar grandes importadores de artigos chineses, como Shein e Temu. A norma comercial permite enviar pacotes de países estrangeiros para consumidores ou empresas sem pagar impostos, desde que não excedam US$ 800 (R$ 4,4 mil) por destinatário por dia.
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Conforme a reportagem, nos últimos anos empresas online como Shein e vendedores de produtos chineses na Amazon usaram a norma para ganhar mercado nos EUA, evitando não apenas os impostos, mas também os custos de armazenamento.
Com a nova medida do governo dos Estados Unidos, a isenção será eliminada para qualquer produto, de acordo com as disposições legais impostas pelas administrações de Joe Biden e Trump para metais, painéis solares e artigos chineses.
Segundo dados federais apresentados pelo jornal americano, a quantidade de pacotes que entrou nos Estados Unidos amparada por essa norma comercial chegou a mais de um bolhão em 2023, em comparação com 140 milhões registrados há uma década.
"O aumento drástico dos envios tornou cada vez mais difícil detectar e bloquear os envios ilegais ou inseguros que entram nos Estados Unidos", disse Daleep Singh, assessor adjunto da Casa Branca em matéria de segurança nacional, ao The New York Times.
"Trata-se de fazer cumprir nossas leis", acrescentou Singh. "Estamos garantindo que as empresas estrangeiras respeitem nossas leis e não coloquem em perigo as famílias americanas."
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