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Analista: sanções de Washington expõem interesse dos EUA de silenciar 'uma gigante da comunicação'
Analista: sanções de Washington expõem interesse dos EUA de silenciar 'uma gigante da comunicação'
Sputnik Brasil
As recentes sanções anunciadas pelos Estados Unidos, em conjunto com o Reino Unido e o Canadá, visam figuras e instituições ligadas à mídia russa, como a RT e... 13.09.2024, Sputnik Brasil
2024-09-13T21:08-0300
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Sob o pretexto de combater a "desinformação", o governo norte-americano tem utilizado uma estratégia que levanta sérias questões sobre sua verdadeira motivação.À Sputnik Brasil, Nathana Garcez Portugal, doutoranda em relações internacionais pelo Programa de Pós-Graduação San Tiago Dantas, avaliou que os movimentos de Washington são uma tentativa de silenciar a mídia russa.Nathana tece críticas às sanções anunciadas nesta sexta-feira (13) pelo Tesouro dos Estados Unidos, inclusive contra Dmitry Kiselev, diretor-geral do grupo midiático Rossiya Segodnya, do qual a Sputnik faz parte.Segundo ela, a declaração do governo norte-americano de que a mídia russa está tentando influenciar as eleições dos EUA é "uma acusação de muita gravidade". Que, apesar de o comunicado fazer uma série de acusações, não há nenhuma prova do que está sendo dito pela gestão do presidente Joe Biden."Apesar do press release ter um relato bastante detalhado, ele não apresenta mais materialidades, não foram divulgados pelo menos mais documentos, documentos que materializem essas evidências que eles afirmam ter. […] o que acontece como resultado disso é um inevitável cerceamento da atuação de uma importante parte da mídia russa a nível global", complementou.Já o professor de história e pesquisador do Núcleo de Estudos das Américas (Nucleas) da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), João Cláudio Pitillo, declarou à Sputnik Brasil que a justificativa dos EUA para a medida é "patética".Conforme o especialista, o conflito na Ucrânia expôs ainda mais a "falência moral étnica da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN)" e o discurso dos EUA mostra uma "confissão de derrota muito grande" com relação às sanções contra a mídia russa.Nova profissão deveria surgirA representante oficial do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, comentou em seu canal no Telegram a nova rodada de sanções contra a mídia russa."Acho que uma nova profissão deveria surgir nos Estados Unidos, um especialista em sanções impostas contra a Rússia. Alguém deve garantir que as sanções não sejam, pelo menos, repetidas."Na última semana, os Estados Unidos já haviam anunciado uma série de medidas contra mídias russas sob acusações de interferência na política e nas eleições norte-americanas. Nessa primeira rodada, a editora-chefe da Rossiya Segodnya, Margarita Simonyan, já havia sido sancionada.
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Analista: sanções de Washington expõem interesse dos EUA de silenciar 'uma gigante da comunicação'
21:08 13.09.2024 (atualizado: 23:21 13.09.2024) Especiais
As recentes sanções anunciadas pelos Estados Unidos, em conjunto com o Reino Unido e o Canadá, visam figuras e instituições ligadas à mídia russa, como a RT e a Sputnik.
Sob o pretexto de combater a "desinformação", o governo norte-americano tem utilizado uma estratégia que levanta sérias questões sobre sua verdadeira motivação.
À Sputnik Brasil, Nathana Garcez Portugal, doutoranda em relações internacionais pelo Programa de Pós-Graduação San Tiago Dantas, avaliou que os movimentos de Washington são uma tentativa de silenciar a mídia russa.
"A partir dessas sanções, você [os EUA] está utilizando o dólar como uma arma estratégica para impedir movimentações de uma gigante de telecomunicações, que são a RT e a Sputnik", disparou a analista.
Nathana tece críticas às sanções anunciadas nesta sexta-feira (13) pelo Tesouro dos Estados Unidos, inclusive contra
Dmitry Kiselev, diretor-geral do grupo midiático Rossiya Segodnya, do qual a Sputnik faz parte.
Segundo ela, a declaração do governo norte-americano de que a mídia russa está tentando influenciar as eleições dos EUA é "uma acusação de muita gravidade". Que, apesar de o comunicado fazer uma série de acusações, não há nenhuma prova do que está sendo dito pela gestão do presidente Joe Biden.
"Apesar do press release ter um relato bastante detalhado, ele não apresenta mais materialidades, não foram divulgados pelo menos mais documentos, documentos que materializem essas evidências que eles afirmam ter. […] o que acontece como resultado disso é um inevitável cerceamento da atuação de uma importante parte da mídia russa a nível global", complementou.
Já o professor de história e pesquisador do Núcleo de Estudos das Américas (Nucleas) da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), João Cláudio Pitillo, declarou à Sputnik Brasil que a justificativa dos EUA para a medida é "patética".
"Os EUA são donos de Hollywood, sediam as principais redes sociais do planeta, é um dos países com maior número de satélites e tem gerência praticamente no mundo todo a nível de jornalismo e imprensa. Se esse complexo midiático estadunidense não é capaz de impor as suas verdades, é porque realmente essas mentiras estão cada vez mais difíceis de serem aceitas", defendeu.
Conforme o especialista, o conflito na Ucrânia expôs ainda mais a "falência moral étnica da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN)" e o discurso dos EUA mostra uma "confissão de derrota muito grande" com relação às sanções contra a mídia russa.
Nova profissão deveria surgir
A representante oficial do Ministério das Relações Exteriores da Rússia,
Maria Zakharova,
comentou em seu canal no Telegram a
nova rodada de sanções contra a mídia russa.
"Acho que uma nova profissão deveria surgir nos Estados Unidos, um especialista em sanções impostas contra a Rússia. Alguém deve garantir que as sanções não sejam, pelo menos, repetidas."
Na última semana, os Estados Unidos já haviam anunciado uma série de medidas contra mídias russas sob acusações de interferência na política e nas eleições norte-americanas. Nessa primeira rodada, a editora-chefe da Rossiya Segodnya,
Margarita Simonyan,
já havia sido sancionada.
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