Panorama internacional

Analista: ataque 'orwelliano' à mídia russa é desespero dos EUA para salvar ordem mundial unipolar

Autoridades dos EUA fizeram novas acusações contra a mídia Russia Today (RT) na sexta-feira (13), alegando que a emissora tem laços com a inteligência russa e está executando uma operação de influência global. Mas o verdadeiro motivo do ataque à mídia russa é mais sinistro, disse um observador à Sputnik.
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A repressão de Washington em relação à RT está "conectada ao desejo de preservar a ordem mundial unipolar já praticamente inexistente de domínio ocidental, o que, claro, também significa domínio no espaço da informação, da mídia, a fim de preservar um único ponto de vista e suprimir e destruir todos os outros", disse o analista político Aleksandr Asafov à Sputnik.
"O aumento dos esforços nessa área está vinculado ao fato de o cidadão ocidental médio, eleitor e contribuinte que paga por tudo, não entender mais por que ele deveria financiar o desejo de suas elites políticas de ajudar um regime ditatorial distante como o da Ucrânia, e está começando a fazer perguntas e a encontrar respostas com bastante facilidade. É para evitar que façam isso que são tomadas medidas como essas, constituindo de fato censura total", explicou Asafov.
A guerra dos EUA contra o jornalismo, não apenas com a repressão da RT, mas o bloqueio das mídias sociais, o assédio a jornalistas independentes, etc., constitui a implementação prática das "histórias de horror que o escritor britânico George Orwell usou para aterrorizar o mundo inteiro. Em essência, a perseguição de jornalistas é uma tentativa de os punir por 'crime de pensamento', por uma pessoa pensar diferente e estar disposta a dizer a verdade", afirma o observador.
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Quanto às novas restrições e acusações contra a RT, essas são apenas mais uma tentativa de silenciar a Rússia e roubar seu direito de apresentar uma perspectiva alternativa sobre os eventos mundiais, disse Asafov, observando que os EUA continuarão aumentando as apostas em sua tentativa de atingir essa meta "impossível".
As ações dos EUA são "baseadas em um pretexto", não em fatos, "e certamente não há bases legais para tais ações", enfatizou o analista político, apontando que o comportamento de Washington não é apenas uma violação do direito internacional e das ideias elevadas sobre liberdade de expressão e mídia, mas da própria legislação dos Estados Unidos. Na verdade, elas constituem a "aplicação prática da chamada 'ordem baseada em regras'", que em sua essência "pode ser comparada a um código pirata" que os EUA estão tentando impor a todos.
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