"Este armamento [...] vem dos Estados Unidos, a forma como esse armamento entrou tem muito a ver com as operações que o governo dos EUA realiza através das suas instituições, que funcionam para gerar o caos e a desestabilização. Esta arma é apenas parte dos mais de 400 fuzis e pistolas que foram apreendidas nesta operação", afirmou o ministro do Interior, Justiça e Paz, Diosdado Cabello, em coletiva de imprensa realizada neste sábado (14).
Sobre a operação, o ministro explicou que o militar norte-americano Wilbert Joseph Castañeda Gómez tentou entrar em contato com o grupo criminoso Trem de Aragua, na Venezuela, para provocar atos de desestabilização.
"Imaginem o nível deste cidadão para a Casa Branca ter se manifestado publicamente [...], ele disse que estava resolvendo assuntos pessoais, quando é militar da ativa", comentou.
Da mesma forma, Cabello destacou que na cidade de Puerto Ayacucho, no estado do Amazonas, foi realizada a prisão dos espanhóis José María Basoa e Andrés Martínez, que, segundo a autoridade, têm ligações com o Centro Nacional de Inteligência da Espanha e com líderes do partido de oposição Vamos Venezuela, liderado por María Corina Machado.
O ministro disse ainda ter indicado às autoridades para prenderem Aaron Barrett Logan, um hacker de nacionalidade norte-americana, marido de uma cidadã venezuelana.
Cabello acusou a Agência Central de Inteligência (CIA) e o Centro Nacional de Inteligência da Espanha de estarem por trás de operações a fim de desestabilizar o país e tentar contra a vida do presidente, Nicolás Maduro, e da vice-presidente, Delcy Rodríguez.
O ministro exigiu que o governo dos Estados Unidos esclarecesse a participação de suas organizações e de seu território para traficar armas e tentar derrubar o governo do país sul-americano.