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Rival de Maduro, Edmundo González, foge para Espanha com aumento na tensão diplomática na Venezuela

© AP Photo / Ariana CubillosO candidato presidencial da oposição venezuelana Edmundo González acena para apoiadores durante um evento político em uma praça no município de Hatillo, em Caracas, Venezuela, 19 de junho de 2024
O candidato presidencial da oposição venezuelana Edmundo González acena para apoiadores durante um evento político em uma praça no município de Hatillo, em Caracas, Venezuela, 19 de junho de 2024 - Sputnik Brasil, 1920, 08.09.2024
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O ex-candidato presidencial da oposição da Venezuela, Edmundo González, partiu para a Espanha após o aumento nas tensões no país sul-americano, disseram autoridades venezuelanas e espanholas na noite de sábado (7).

González, 75, que concorreu contra o presidente Nicolás Maduro em julho, fugiu depois de "buscar refúgio voluntariamente na embaixada espanhola em Caracas há vários dias", postou a vice-presidente venezuelana Delcy Rodríguez em uma rede social enquanto o ministro das Relações Exteriores da Espanha, José Manuel Albares, informou em uma de suas contas que González havia decolado rumo à Espanha.

Segundo a Reuters, a saída de González da Venezuela é o mais recente acontecimento político desde as eleições do país em 28 de julho. Democracias ao redor do mundo criticaram a forma como o governo venezuelano lidou com a votação, depois que as autoridades eleitorais e o supremo tribunal do país comunicaram a vitória de Maduro.
Enquanto a oposição da Venezuela diz que a eleição resultou na vitória de González, publicando uma contagem de votos on-line que supostamente atesta a sua vitória, o governo usou a publicação on-line das contagens para acusar o opositor de usurpação de funções, falsificação de documentos públicos e conspiração, dentre outras, emitindo assim um mandado de prisão contra ele.
Ainda no sábado (7), o governo da Venezuela revogou a autorização do Brasil para representar os interesses argentinos no país, incluindo administrar a embaixada onde seis figuras da oposição estão asiladas.
Celso Amorim - Sputnik Brasil, 1920, 08.09.2024
Notícias do Brasil
Mídia: decisão da Venezuela sobre Embaixada da Argentina no país deixa Celso Amorim 'chocado'
O assessor para assuntos internacionais da Presidência da República do Brasil, Celso Amorim, disse estar "chocado" com a atitude da Venezuela de revogar a custódia da Embaixada da Argentina em Caracas, na capital venezuelana.
A Venezuela rompeu relações com a Argentina após a eleição presidencial. O Brasil, assim como a Colômbia e o México, pediu ao governo venezuelano que publicasse os resultados completos da votação.
O Ministério das Relações Exteriores da Argentina solicitou ao Tribunal Penal Internacional na sexta-feira (6) que emitisse um mandado de prisão contra Maduro e outros altos funcionários do governo pelos eventos que ocorreram após as eleições.
Na noite de sexta-feira, alguns membros da oposição na residência argentina relataram em suas contas no X que o prédio estava sob vigilância e não tinha eletricidade. Eles postaram vídeos mostrando homens vestidos de preto e patrulhas da agência de inteligência do governo, a SEBIN.
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