Panorama internacional

Correa critica presidente do Equador pela proposta que permite bases militares estrangeiras no país

O ex-presidente equatoriano Rafael Correa chamou nesta segunda-feira (16) o atual mandatário, Daniel Noboa, de "medíocre e mentiroso" após o anúncio do projeto de reforma parcial à Constituição para permitir a instalação de bases militares estrangeiras no país andino. Na última semana, o governo assinou um acordo de cooperação na segurança com EUA.
Sputnik

"Que homem medíocre e mentiroso é este pobre sujeito! Ele demonstra sua total incapacidade e falta de moral. Isso também faz parte do Plano Fênix? Por que ele não perguntou isso na consulta popular?", destacou Correa nas redes sociais.

Em um comunicado, a Presidência do Equador anunciou que Noboa apresentará a iniciativa para modificar substancialmente o artigo 5 da Constituição, que proíbe o estabelecimento de bases militares estrangeiras.
A proposta libera a cessão de bases militares nacionais às Forças Armadas ou de segurança estrangeiras. Na última semana, o governo do Equador chegou a assinar um acordo de cooperação com os Estados Unidos na área de segurança.
"Do governo, temos muito claro qual é o país que queremos. É o momento de a Assembleia Nacional decidir de que lado da história estará", conclui o texto oficial.
Posteriormente, Noboa publicou uma mensagem ao país do local onde estava instalada a Base dos EUA na cidade equatoriana de Manta, de 1999 a 2009. "Em um conflito transnacional, precisamos de uma resposta nacional e internacional", afirmou Noboa.
Panorama internacional
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Entre as primeiras reações do Executivo equatoriano, o vice-ministro de governo, Esteban Torres, disse que "sob o discurso socialista de soberania, o Equador foi privado de continuar a receber apoio permanente em segurança e controle do narcotráfico. Todos sabemos o que aconteceu depois em Manabí", disse.
Torres fez referência à explosão em 2021 do radar localizado na região para o controle aéreo contra o narcotráfico, restabelecido este ano.
Enquanto isso, a chefe da bancada do movimento governista no Parlamento, Valentina Centeno, afirmou que "a perda de soberania foi apenas uma desculpa para aqueles que permitiram a entrada do narcotráfico e do crime organizado. Permitir bases militares estrangeiras é essencial para a segurança de Manabí e do Equador".
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