Recentemente, o assessor presidencial russo Yuri Ushakov confirmou que a Turquia havia se candidatado a membro pleno do BRICS e que a solicitação está sendo analisada.
"Os EUA já têm muitos parceiros de negócios no BRICS. Mas a comunidade atlântica ficaria muito abismada se a Turquia, membro da OTAN, entrasse no BRICS, que tem uma postura clara contra o dólar e a hegemonia dos EUA. Mas não acho que a comunidade empresarial turca seja contra a adesão ao BRICS. Pelo contrário, as ambições comerciais do país são claras", disse o especialista.
Segundo ele, hoje a Turquia enfrenta dificuldades devido à política comercial orientada para a União Europeia (UE).
"A nova ordem mundial é multipolar, e todos os países devem cooperar. Para que a governança global funcione adequadamente, os intelectuais dos EUA devem ser mais flexíveis. A Turquia já se tornou um 'amigo na corda'. Se a Casa Branca, que apoia um corredor terrorista no norte da Síria, avançar em resposta às ações da Turquia, que quer participar de uma estrutura econômica como o BRICS, isso poderia levar a uma ruptura de laços. Além disso, a Turquia é um Estado independente. Não é uma colônia americana. A Turquia tomará o seu lugar no BRICS. Isso vai acontecer mais cedo ou mais tarde", disse o especialista.
A Rússia assumiu a presidência do BRICS em 1º de janeiro deste ano. Nessa data, além da Rússia, Brasil, Índia, China e África do Sul, entraram no bloco novos países-membros: o Egito, a Etiópia, o Irã, os Emirados Árabes Unidos e a Arábia Saudita.